Comparação: Existem inúmeras histórias de adoção que podem ser contadas como referência. Diante de uma história semelhante, a criança não se vê como uma pessoa diferente das outras.
É importante para a criança visualizar / conferir que tem outras que também não nasceram das barrigas daquelas mães com quem convivem.
Oração: Independentemente do credo religioso, é interessante no momento da oração fazer agradecimentos a Deus por todas as coisas boas, dentre elas: a vida e aqueles que a geraram,daí surgem as figuras dos pais biológicos e a dos pais adotivos, estabelencendo-se à cada um (biológicos e adotivos) a sua importância para a vida da criança. A oração é uma prática interessante, para auxiliar a compreensão da criança pois além de valorizar a Fé, contribui para que não se estabeleça julgamento dos pais biológicos.
Histórias Infantis: Existe um grande repertório de histórias infantis que tem protagonistas adotivos. EX: Mogli foi adotado pelos animais da floresta, assim como Tarzan que foi adotado por Kala, uma macaca. O Super Homem nasceu no Planeta Kripton que foi destruído, quando ele tinha 2 anos, seus pais o lançaram no espaço a bordo de uma nave que caiu numa fazenda, onde o casal de fazendeiros o adotou. O Robin era um menino de rua e foi adotado pelo Batman, que por sua vez, também foi adotado aos 10 anos de idade pelo mordomo, depois da morte dos pais. No Rei Leão , Simba depois da morte do pai, refugia-se na floresta e é informalmente adotado pelo javali chamado Pumba, e um suricate de nome Timão. A revelação da origem do filho adotivo feita através das histórias permite que a criança se coloque no lugar do protagonista, estimulando o imaginário infantil.
Registro Fotográfico: Através da montagem de um álbum fotográfico, mostrar para a criança o repertório de fotos que registram as diversas fases do seu desenvolvimento e a sua história. Nestes casos as primeiras fotos devem mostrar a chegada da criança na casa, as pessoas que compartilharam daquele momento, o quarto que foi preparado para acolhê-lo, etc...Através deste registro fotográfico, os pais vão contando a história, do porque resolveram adotá-lo, de onde ele veio,como foi "escilhido". Essa abordagem contribui para que a criança visualise a sua história, valorizando todas as etapas de sua vida.
O dia da Chegada: É possível criar na família o "dia da chegada", para que anualmente se comemore a "chegada do filho". A criança terá além do aniversário, outra data de comemoração, como se tivesse nascido duas vezes: uma para o mundo, e outra para a família adotiva. Desta forma a criança verá com naturalidade sua história e verá na adoção motivo de alegria.
É importante ressaltar que não existem receitas que garantam o êxito de uma convivência familiar saudável, principalmente em se tratando das relações adotivas. As dicas apontadas podem servir como apoio aos pais que encontram dificuldades em abordar a revelação da origem do filho, no entanto, não são as únicas formas. Os pais devem respeitar o seu estilo, a sua maneira de ser, pois cada situação adotiva é única, assim como as pessoas envolvidas.
O importante é que a revelação leve em consideração a idade da criança, sua capacidade de compreensão e que seja feita de forma gradativa, preferencialmente lúdica, acompanhando o desenvolvimento e a curiosidade apresentada pela criança.
3 comentários:
Muito bacana isso, vai me ser muito util!
Como Natinha é mais fácilpois a idade era mior e alembranças mais nítidas , já com a Luana terei deter outros cuidados pois veio muito pequenininha.
Beijos
Glaucia
não tinha pensado nas adoções dos animais, achei uma excelente ideia.
Essa dica das histórias infantis é mt útil. Temos um filho adotado com 2 anos e 9 meses. Agora já tem quatro anos e, devido à gravidez da minha irmã começa a verbalizar dúvidas quanto à sua origem. Ontem, respondendo à sua pergunta de se tinha saído da minha barriga, respondi-lhe que não. Então, perguntou-me se não estava na minha barriga, em que barriga é que estava.
Apanhou-me desprevenida e remeti-o para as suas muito poucas fotografias da sua vida na instituição onde viveu desde muito bebé até vir para nós. Expliquei-lhe tb que nós pedimo-lo muito muito a Deus e que Deus mandou ama fada trazê-lo para nós. No entanto, confesso que me sinto um pouco "perdida" e não sei bem como devo abordar a questão. Como o Manel é um menino muito inteligente e curioso, sei que brevemente virá nova bateria de perguntas quanto à sua origem. Como acham que devo responder? Será que respondi bem?
Obrigada,
Beijos,
Catarina
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