21.10.10

Adoção: caminho entre família pretendente e criança pode ser encurtado

Já está disponível para membros do Ministério Público em todo o Brasil o acesso ampliado ao Cadastro Nacional de Adoção (CNA), mantido pelo Conselho Nacional de Justiça. A medida permite que Promotores e Procuradores de Justiça da área da infância façam o cruzamento dos dados disponíveis no banco, comparando informações sobre as pessoas habilitadas para adoção com os perfis das crianças e adolescentes na fila de espera por uma família substituta em todo o país.

O acesso ampliado era exclusivo para juízes e foi estendido aos membros do MP depois de negociação conduzida pela Comissão de Infância e Juventude do CNMP. O objetivo é democratizar o acesso à informação no sistema de Justiça e, com isso, dar os membros do MP mais subsídios para uma atuação cada vez mais efetiva na área, explica a conselheira Sandra Lia, presidente da Comissão. "Esta mudança dará mais agilidade ao processo de adoção porque, a partir de agora, será possível fazer uma varredura na lista de pretendentes e de crianças e adolescentes em todos os estados", diz o coordenador do Centro de Apoio às Promotorias de Justiça da Infância e Juventude do MPRN, Sasha Alves.
Através do cadastro nacional, o Promotor de Justiça poderá fazer a busca por perfil da criança, incluindo idade, raça, se tem irmãos, estado de saúde, local de origem. E ainda é possível fazer a busca por perfil geral, sem restrições.

No Rio Grande do Norte, Ministério Público e Poder Judiciário estão fazendo uma capacitação de juízes e Promotores de Justiça sobre a importância do cumprimento da lei que determina a adoção através do cadastro nacional. O objetivo é combater a prática cultural da entrega direta da criança a uma família que não tenha esteja incluída no cadastro. Só pessoas que já fizeram o curso sobre adoção, ministrado pelo judiciário, podem estar no cadastro. São cidadãos individuais ou famílias que passam por treinamento para compreender o que é a adoção, a importância deste processo na vida de uma criança e do próprio adotante. O próximo treinamento de magistrados e membros do MP será em Natal, dia 4 de novembro e em Mossoró, dia 11 de novembro.

Este curso é necessário porque mesmo no judiciário e no MP ainda há o conceito de que é da mãe o direito de escolher a quem entregar o filho para adoção. O problema é que esta informalidade pode esconder uma mãe que está abrindo mão do filho por problemas financeiros, porque foi abandonada pelo companheiro, porque é adolescente e não necessariamente porque não quer criar o filho. E estes motivos, podem fazer esta mulher querer desistir de entregar o bebê, casos estes problemas sejam resolvidos. "Por isso, é importante que a decisão da mãe de não ficar com o filho seja acompanhada pelo judiciário e pelo Ministério Público", explica Sasha Alves.

Autor: Assessoria de Imprensa do MPRN
Extraído de: Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte - 21 horas atrás

CRIANÇA

De tudo o que nos cerca na vida, um dos dons mais preciosos que Deus nos proporciona é a presença da criança.

Ela tem o dom especial de dar sabor e graça a tudo. Contenta-se com tão pouco: um passeio, um por de Sol, um pacote de pipoca.

E tem a pretensão de que o mundo inteiro lhe pertence. É sua a árvore, a bola, a peteca. É seu o pássaro, o jardim. São seus o carro do papai e o batom da mamãe.

Uma criança nasce com um brilho angelical e mesmo crescendo, sempre fica um elo de luz suficiente para nos cativar o coração, mesmo que ela se sente no lodo, chore a todo o volume, faça um berreiro ou ande pela casa se gabando depois de vestir as melhores roupas e sapatos de sua mãe ou de seu pai.

Ela pode ser a mais carinhosa do mundo e parecer a mais ingênua, até o ponto de esgotar a nossa capacidade de responder perguntas.

Quando está brincando, produz todo tipo de ruídos que nos colocam os nervos à flor da pele.

Quando a repreendem ela fica quietinha, faz beicinho, carinha de choro. Mas continua com esse brilho angelical nos olhos.

Ela é a inocência jogada na terra, a beleza fazendo cambalhotas e também a mais doce expressão do amor materno, quando acaricia e faz dormir a sua boneca ou o seu bichinho de pelúcia.

Quando Deus a cria, utiliza uma parte da matéria-prima de muitas de suas criaturas. Usa os gorjeios do sabiá e os saltos do gafanhoto, a curiosidade e a suavidade do gato, a ligeireza do antílope e a teimosia de uma mulinha.

Gosta de sapatos novos, de sorvete, brinquedos, do jardim de infância, dos companheiros de folguedos e de correr atrás dos pombos e do gatinho.

Adora livros de colorir, as lições de dança, a bola e o patinete.

Ama a praia, o sol, o mar, as férias, o luar e as estrelas.

Não gosta que lhe penteiem o cabelo e é a mais ocupada criatura na hora de ir para a cama, porque sempre precisa acabar alguma coisa que ainda nem começou.

Ninguém nos dá maiores aflições ou alegrias, desgosto ou satisfações ou o mais legítimo orgulho.

Pode bagunçar nossos papéis de trabalho, o cabelo e a roupa. É especialista em nos pedir tempo para compartilhar das suas brincadeiras e tem uma fértil imaginação.

Às vezes, pode parecer uma calamidade que quase nos desespera com tantos ruídos e travessuras.

Mas quando sentimos que as nossas esperanças e desejos estão a ponto de cair por terra, quando o mundo parece que se fecha para nós; quando chegamos a pensar que o fracasso logo nos alcançará, ela nos converte em majestades, quando se senta em nossos joelhos, passa os bracinhos pelo nosso pescoço e pede para contar um segredo no ouvido, e diz: Eu te amo!

***

As crianças são como espelhos. Na presença do amor, refletem o amor. Quando o amor está ausente, elas nada têm a refletir.

Guardamos sérias responsabilidades para com esses espíritos que nos foram confiados por Deus, nosso Pai.

17.10.10



Expectativas irreais podem se transformar em depressão pós-adoção.

“As pessoas normalmente sabem o que é a depressão pós-parto, mas o bem-estar emocional de pais adotivos quando se deparam com uma criança no seu dia a dia é pouco conhecido”, explica Karen Foli, pesquisadora da Universidade de Purdue, EUA. “Em nosso estudo, a grande maioria dos pais adotivos disse ter passado por um período de depressão após a criança a qual adotaram ter começado a viver com eles. Isso se deve a expectativas em excesso e à pressão sentida por parte dos amigos, da família, da sociedade e mesmo da criança.”
“Os amigos e a família, por exemplo, não parecem oferecer o mesmo apoio emocional que pais com filhos biológicos recebem. Além disso, os laços afetivos com a criança adotada precisam ser construídos antecipadamente, o que nem sempre acontece”, diz Foli.
Os sintomas desse tipo de depressão incluem humor mais negativo, perda de interesse por atividades que antes davam prazer, variação no peso, dificuldades de dormir ou sono em excesso, sensação de agitação, fadiga, culpa excessiva e indecisão.
“A depressão pós-adoção não afeta somente os pais adotivos, mas as crianças envolvidas no processo também”, diz a pesquisadora, que acompanhou mais de 20 casais de pais adotivos, além de especialistas e profissionais. O estudo foi publicado no periódico Western Journal of Nursing Research.

Ênfase no processo de adoção e não no novo papel dentro da família

“Os pais adotivos passam boa parte do tempo anterior à adoção tentando comprovar que eles não serão somente bons pais, mas ‘superpais’, pois o processo de adoção pede que eles sejam mais do que interessados. Profissionais, família e amigos os fazem questionar o processo o tempo todo e essa reação é normal”, diz Foli. “Mas é possível que os sentimentos de legitimação como pais ou mesmo não conseguir criar laços afetivos com as crianças podem fazer todo esse esforço ruir repentinamente.”
Outros fatores que contribuem para a depressão pós-adoção podem incluir as expectativas de que as crianças criem laços afetivos intensos e imediatos – aceitarem os pais adotivos incondicionalmente nas primeiras semanas –, falta de exemplos de casais na mesma situação e mesmo a resposta da sociedade à nova família formada por pais e crianças adotivas.
Além disso, o processo de adoção pode ser longo e cansativo, podendo comprometer o bem-estar e a saúde mental dos pais de outras formas, levando ao estresse, por exemplo. “Muitas vezes o processo de adoção é mais presente na vida dos casais do que a preparação para se tornarem pais de um filho não biológico.”
Os profissionais que participaram da pesquisa também indicaram que os pais têm grande temor de demonstrar seus anseios e preocupações, pois isso, de alguma forma, os envergonha e traz o sentimento de terem falhado. Além disso, o sentimento de culpa por não conseguirem fazer a criança se sentir confortável pode ser desastroso para a situação.
“É preciso que os profissionais envolvidos no processo de adoção tenham em mente esse tipo de situação. Detectar os primeiros sinais de depressão ou saber como está o bem-estar mental dos pais pode levar a famílias mais saudáveis e felizes. E os pais precisam ser alertados de que pedir ajuda em uma situação como essa pode ser melhor para seus filhos e para o futuro da família”, diz a pesquisadora.

com informações da Purdue University

Texto copiado de "O que eu tenho"

16.10.10

Um Mundo Para Nós



Queridos amigos,

Hoje estou muito feliz porque meu projeto social em benefício das crianças, Um Mundo Para Nós, voltou à ativa.
Gosto muito de trabalhar na conscientização dos meus alunos para a necessidade de ajudar o próximo.
Visitem o novo blog do projeto UMPN e saibam como ajudar!