29.5.11

Como adotar uma criança?

  
 (Pintura de Norman Rockwell)

Este artigo, adaptado (com algumas modificações0 do site da revista Crescer , ajuda em muito os pretendentes à adoção.  Leitura muito recomendada!


Você quer adotar uma criança, mas não sabe por onde começar? Então, saiba que não está sozinho.

De acordo com a pesquisa
Percepção da População Brasileira sobre a Adoção, da Associação dos Magistrados Brasileiros, feita em 2008, a maior parte da população brasileira não sabe quais são os passos para a adoção. Os números espantam: cerca de 37% deles procurariam crianças e maternidades e 28% em abrigos. Apenas um terço recorreria ao local certo, as Varas da Infância e Juventude espalhadas pelo país.

Para ajudá-lo nessa tarefa, a Crescer listou os 10 passos principais que você deve seguir. Confira:


1.
Procure o Juizado da Infância e da Juventude mais próximo de sua casa para entrar no Cadastro Nacional de Adoção (se preferir, você pode contratar um advogado de Família de sua confiança, especializado em processos de adoção). Ligue antes para saber quais documentos levar – eles variam entre os juizados. Pessoas solteiras, divorciadas e judicialmente separadas também podem adotar, desde que sejam maiores de 18 anos (artigo 1618 do Código Civil) e pelo menos 16 anos mais velho que o adotado (art. 1.619) . A Justiça ainda não prevê adoção por casais homossexuais, mas é cada vez mais comum pais do mesmo sexo conseguirem registrar a criança no nome dos dois após decisões judiciais.

2.
No cadastro, indique o perfil da criança que deseja. Você pode escolher o sexo, a idade (no caso de crianças maiores de 3 anos, é chamada de adoção tardia), o tipo físico e as condições de saúde. Pense com calma e converse com outros pais para saber o que é bacana e o que não é em cada escolha.

3. Entregues os documentos
uma psicóloga do juizado agendará uma entrevista para conhecer seu estilo de vida, renda financeira e estado emocional. Ela também pode achar necessário que uma assistente social visite sua casa para avaliar se a moradia está em condições de receber uma criança. Teoricamente, o poder aquisitivo influencia, mas não é decisório.

4.
A partir das informações no seu cadastro e do laudo final da psicóloga, o juiz dará seu parecer. Isso pode demorar mais ou menos, dependendo do juizado. Com sua ficha aprovada, você ganhará o Certificado de Habilitação para Adotar, válido por dois anos em território nacional.

5.
Sua ficha pode não ser aprovada. O motivo pode ser desde a renda financeira até um estilo de vida incompatível com a criação de uma criança. Se isso acontecer, procure saber as razões. Você poderá fazer as mudanças necessárias ou até mesmo recorrer à Justiça e começar o processo novamente.

6.
Com o certificado, você entrará automaticamente na fila de adoção nacional e aguardará até aparecer uma criança com o perfil desejado. 

7.
A espera pela criança varia conforme o perfil escolhido. Meninas recém-nascidas, loiras, com olhos azuis e saúde perfeita – a maioria dos pedidos – podem demorar até cinco anos. A lei não proíbe, mas alguns juízes são contra a separação de irmãos e podem lhe dar a opção de adotar a família toda. E não esqueça: a adoção depende do consentimento dos pais ou dos representantes legais de quem se deseja adotar, além da concordância deste - se tiver mais de 12 anos. A exceção fica para o caso de criança ou adolescentes cujos pais sejam desconhecidos, falecidos ou tenham sido destituídos do poder familiar (o antigo pátrio poder).

8.
Você é chamado para conhecer uma criança. Se quiser, inicia-se o estágio de convivência. Quando o relacionamento corre bem, o responsável recebe a guarda provisória, que pode se estender por um ano. No caso dos menores de 2 anos, você terá a guarda definitiva. Crianças maiores passam antes por um estágio de convivência, uma espécie de adaptação, por tempo determinado pelo juiz e avaliado pela assistente social.

9.
Depois de dar a guarda definitiva, o juizado emitirá uma nova certidão de nascimento para a criança, já com o sobrenome da nova família. Você poderá trocar também o primeiro nome dela. As relações de parentesco se estabelecem não só entre o adotante e o adotado, como também entre aquele e os descendentes deste e entre o adotado e todos os parentes do adotante.

10.
E, por fim, lembre-se do mais importante: o vínculo de amor não depende da genética.

Fonte:
Luiz Octávio Rocha Miranda, advogado especializado em Direito de Família e membro do IBDFam (Instituto Brasileiro de Direito de Família)

25.5.11

Dia Nacional da Adoção




Hoje, 25 de maio, é dia Nacional da Adoção.

Ok, vc gosta da idéia, simpatiza com a causa, pensa em adotar, mas sabe de verdade o que é adotar?

Encontrei este texto na net, é de fácil leitura e tem bastante informações.

No dia 25 de maio é comemorado o dia da adoção, criado em 1996 no I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção.
A adoção é uma realidade social que se concretiza através de ato jurídico, que “cria entre duas pessoas vínculo de parentesco semelhante à paternidade e filiação”.
Muitas pessoas que não puderam ter filhos encontram filhos que não possuem pais, que foram abandonados e recolhidos por orfanatos e outras instituições. Mas existem outros casos, como de pessoas que querem ajudar, cumprir seu papel social diante de uma sociedade injusta, que não oferece as mesmas oportunidades de vida para todos.
O processo de adoção não é fácil. As pessoas interessadas nas crianças ou adolescentes devem apresentar uma documentação sobre suas condições de vida, para garantir que a pessoa adotada terá conforto e segurança, que irá ser bem tratada e receberá dos pais adotivos amor, carinho e atenção.
Porém, existem vários mitos sobre a adoção, que muitas vezes prejudicam que pessoas se interessem em criar e educar uma criança ou jovem que não tenha laços consanguíneos.
- Dizer que toda criança adotada é problema é um erro. A criança aprende aquilo que vivencia e quanto mais nova for adotada, mais terá chances de se adaptar ao modelo familiar em que vive.
- Tentar esconder da criança que a mesma é adotada também é um erro, pois é melhor manter uma relação aberta e livre de qualquer tipo de preconceito.
- Crianças com cor de pele diferente da família não são discriminadas ou recebem tratamento diferente de outras pessoas da família. Isso pode ocorrer nos meios sociais em que a família frequenta.
- Filhos adotivos não têm dificuldade em amar seus pais (adotivos), pelo contrário, revelam-se atenciosos e carinhosos com os mesmos, mas isso depende da forma como são tratados.
- Os filhos adotivos não ficam lembrando-se de sua família de origem. Pelo contrário do que se imagina, se as relações familiares não eram boas, se houve abandono, o vínculo afetivo não foi construído de forma positiva, portanto não provoca boas lembranças.
Hoje em dia temos visto uma série de artistas famosos mantendo a atitude de adotar crianças, tentando cumprir seu papel social, numa demonstração de afeto e de entrega às crianças carentes. A grande revelação é o casal Brad Pitt e Angelina Jolie que já está no terceiro filho adotivo, mesmo podendo ter seus filhos consanguíneos, que também somam três. A cantora Madonna também é um exemplo disso, nos últimos anos também manteve a atitude de adotar, mesmo tendo tido dois filhos próprios.
Com a constituição de 1988, ficou determinado que “os filhos adotivos terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designação de discriminação relativa à filiação”, ou seja, filhos adotivos e consanguíneos terão os mesmos direitos.
Para inserir a criança ou adolescente em família substituta é necessário passar por algumas etapas: a guarda, onde coloca-se o sujeito a ser adotado na família, onde os pais devem ter a responsabilidade de prestar assistência material, moral e educacional; a tutela, feita através das entidades públicas, a fim de proteger a criança ou jovem, cuidando de seus interesses, acompanhando todos os atos da família com o mesmo e vice-versa; a adoção, formalizada em ato jurídico, onde forma-se um vínculo fictício de filiação, que mais tarde deverá tornar-se verdadeiro.
Num pequeno trecho do livro “Você não está só”, de George Dolan, o amor que nasce entre a família e o adotado fica bem caracterizado, na fala de crianças que conversam sobre adoção, após terem visto numa fotografia, um menino com os cabelos de cor diferente. Uma delas diz que a criança diferente pode ter sido adotada e, quando questionada por outra sobre o que é isso, responde: “- quer dizer que você cresce no coração da mãe, em vez de crescer na barriga.”
Assim, podemos dizer que a adoção é um ato de entrega e de amor!
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Quer saber mais?
Pergunte o que gostaria de saber, se a gente souber, responde!!!

5.5.11

Porque ser Mamãe? (editado)

"Eu escolhi ser mãe! Fui atrás, busquei, lutei e amei.
Sempre tive mil dúvidas pairando na minha cabeça, desde as mais bobas, como o que comer em determinada refeição do dia, até as mais nobres e discutidas por sábios como De onde nós viemos? Deus existe? Existe vida após a morte? "Você pensa demais Dea!" Meu marido é taxativo...
Entretanto, de uma coisa nuca tive dúvida: Eu sempre quiz ser mãe! Eu não fui mãe por fluxograma ou obrigação, fui mãe por que sempre quiz isso para mim. Sou hoje a mãe feliz de 2 meninos, mas se não fosse pelo bolso, seria mãe de pelo menos 6 crianças e sei que as amaria da mesma forma, afinal amor não se divide, se multiplica.
Para mim resume-se assim: Primeiro sinto que sou mãe....depois bemmmmmm depois vem o restante dos meus sentimentos! rs
Bjs com td meu carinho em tds as mães." (Dea, mamãe do Henrique e do Guilherme)


"Eu quis ser mãe. Não aconteceu por acaso, foi uma escolha mais do que pensada.Muita gente diz que ter filhos é um ato egoísta, e é mesmo. Ter filhos faz mais bem para a gente do que para eles. Meus filhos me trouxeram a oportunidade de redescobrir o  mundo, de reaprende-lo com outros olhos. Me fizeram ver que existem outras necessidades e assim, ao me obrigarem a repensar minhas verdades, me tornaram um ser humano melhor. Muitos dizem que eles são garotos de sorte pq vieram para nossa família; mas nós é que somos imensamente afortunados pq eles estão conosco." (Adriana, mamãe do João e do Pedro)


"As pessoas associam a maternidade a mulheres, mas a verdade não é bem assim. Tem mulheres que nasceram para ser mães, outras não. Com o passar dos anos, acho que posso me incluir no primeiro caso. Adoro tudo da maternidade. Gosto de levar meu filho à escola, ao futebol, ao judô. Adoro almoçar, conversar, rir e assistir televisão com ele. Gosto de trazer seus amiguinhos para casa e vê-los brincando. Gosto de ir à reunião de pais, falar sobre ele e saber detalhes sobre seu desempenho. Amo colocá-lo para dormir, contar uma história e vê-lo pegar no sono tranqüilo. Falar 50 vezes a mesma coisa cansa, mas depois que vejo que consegui convencê-lo a escovar os dentes, guardar os brinquedos e cessar uma birra, fico muito feliz. O que eu não gosto da maternidade? Não sei, provavelmente quando o Giovanni fica doente, abatido e triste. Agora quando me perguntam por que ser mãe? Acho que porque queria viver tudo isso para ser verdadeiramente feliz ao lado de meu amado marido.   " (Salete, mamãe do Giovanni).