25.6.06

Foto da Kathleen filha da Jaque







Meninas queridas, finalmente uma foto da minha filha querida Kathleen, milhões de beijos nos corações.

23.6.06


CARA NOVA

Mas ainda sem acessórios e os comentários simiram snif snif snif
Quem souber configurar e puder dar um help me escreva por favor.

Por onde andam todos os colaboradores: O bloguinho anda com saudades!!!!!!!
Beijos
Glaucia

14.6.06

POSTAGEM OFF TÓPIC

Oi povo, depois de uma sumidinha basica vim contar para vocês que finalmente dia 24 me mudo para Rondonópolis, cidade que fui conhecer neste fim de semana.
A cidade é ótima, comparada a que eu moro é mais ou menos como me mudar para New York...é a água e o vinho..lá é o vinho.
Aluguei um apErtamentinho bonitinho, e será a primeira vez que viverei numa gaiola...mas ta valendo pois não terei um quintal para lavar e terei parquinho, salão de festa , segurnaça 24 horas...ou seja estarei protegida...mas...um pouquinho de luto pela minha Sissinha companheira de 10 anos que ficará em Assis, pois a viagem vai ser cansativa pra ela além de eu não ter espaço para ela no apartamentinho.
Antes que me chamem de cruel esclareço que andei a cidade toda mas não consegui uma casa que coubesse no meu bolso.
Dei sorte com a escola do Natanael...consegui uma vaguinha na 5ª escola pública do país em nota média no Enen e fica a 3 ou 4 quadras de casa.
Ainda preciso de uma forcinha no pensamento positivo para que eu consiga aulas...é só o que falata pois a cidade é ótima, e acho que teremos uma qualidade de vida melhor por lá.
Bom gente é isso...Ahhhho Nata pede para dizer que spo falta Mac Donalds.

Beijinhos e posívelmente continue sumida mais um tempinho até etar tudo no lugar...mas volto com a corda toda me aguardem.
beijios
Glaucia

12.6.06

A Adoção de Crianças com Necessidades Especiais


A Adoção de Crianças com Necessidades Especiais


"Muitos casais vêm a nós buscando mais informações a respeito da adoção, uma vez que não tiveram todas as suas dúvidas esclarecidas, por ocasião de seu cadastro no judiciário.

Ao falarem da criança pretendida, mesmo que estejam abertos para adoções tardias, demonstram, via de regra, um desconhecimento da realidade.

Por essa razão creio ser necessário reafirmar que as crianças abandonadas nas instituições ali estão porque sofreram privações, não foram atendidas em suas necessidades básicas, sofreram maus tratos, tiveram doenças infantis que não foram diagnosticadas em tempo hábil... Por isso, quase todas são crianças que têm características particulares.

No folheto "Transtornos mentais da Infância e da Adolescência", que aborda um trecho de autoria de Sylvia B. Nabinger, há uma abordagem muito realista e honesta: "Muitas das crianças abandonadas em instituições governamentais para a adoção têm problemas de saúde, malformações congênitas (lábio leporino, problemas ortopédicos, cardiopatias, seqüelas sifilíticas, genitália confusa etc.), retardos psicomotores, seqüelas de maus tratos (queimaduras, cicatrizes), problemas psicoafetivos (apatia, agressividade, hiperatividade, marasmo etc.), problemas psíquicos diversos (relacionados a má nutrição, infecções hospitalares etc.), cegueira e vírus HIV."

Diante dessa realidade os futuros pais adotantes precisam se conscientizar de que a maioria das crianças disponíveis tem "defeitos", mas necessitam de uma chance para reverter seu quadro, para ser curadas, para ser tratadas e voltar a viver dignamente. Tenho constatado que isso é possível. Num levantamento que fiz das crianças encaminhadas para a adoção através de Monte Refúgio nos últimos quatro anos, constatei o seguinte: foram adotadas onze crianças com necessidades especiais (crianças com subnutrição grave, com possibilidades de comprometimento neurológico, criança com Síndrome de Down, crianças com sérios distúrbios de aprendizagem por bloqueio emocional, criança com distúrbios da fala, crianças com saúde delicada, necessitando de intervenção médica e cirúrgica, criança com síndrome rara, necessitando de multi-terapias e criança soropositiva abrigada em outra instituição, mas adotada por casal indicado por nós) e todas tiveram parte de seu atendimento no tempo em que estiveram abrigadas e depois, após a adoção.

Em todos esses casos, as famílias têm alegria em compartilhar conosco as curas e os progressos animadores de todas as crianças, provando, uma vez mais, que elas precisavam apenas de uma nova alternativa para redirecionar suas vidas.

Acontece, porém, que crianças com necessidades especiais são triplamente abandonadas: primeiro por suas famílias biológicas; depois pelo Estado, que não tem programas adequados para a reabilitação delas; e por fim por muitos dos futuros pais adotantes, que, por falta de informação, têm medo de adotá-las.

Fica portanto aqui a reflexão para os futuros pais adotantes, que poderão transformar seus sonhos em realidade, se tão somente conseguirem enxergar a realidade como ela é, e não como a idealizaram." - Clélia Zitto Cezar

10.6.06

Somos todos adotados

Somos todos adotados

Eu estava pensando nisso a pouco tempo. Alguém no orkut achou que eu era adotado e eu ia corrigir. Depois pensei melhor: Todos nós somos adotados. Minha mãe olhou aquele serzinho com cara de joelho, achou lindo e resolveu criar. Poderia ter me abandonado, mas me adotou como filho. Resolveu, a partir daí, me educar. E ela não fez isso por algum instinto. Sério, ela nem comeu minha placenta nem nada. Se o médico tivesse trazido outra criança vermelha, inchada e com cara de joelho ralado, minha mãe nunca ia saber a diferença.

Ela não me criou porque eu tinha o mesmo sangue que ela. Na verdade, nunca fiz exame de sangue, nem sei qual é meu tipo. Ela não me criou porque me carregou nove meses na barriga, porque ela disse que esse período foi horrível, ela chorava muito, ficou com enjôo e os pés inchados. E tinha que trabalhar assim mesmo! Se fosse por ter me carregado na barriga, acho que ela teria raiva!

Ela resolveu me educar simplesmente porque quando me viu, disse pra si mesma: esse é o meu filho. E mesmo eu não parecendo em nada com a família da minha mãe (minha barba é ruiva e eu sou muito alto, pra não dizer que eu não pareço com nada), ela me criou do mesmo jeito. Meu pai se separou da minha mãe quando eu tinha seis anos. E eu sou a cara do meu pai. Mas não foi por não ser parecido com ela que ela mandou meu pai me criar.

Foi ela ter enfiado na cabeça dela que eu era seu filho que me tornou filho dela. Se hoje ela descobrisse que eu tinha sido trocado na maternidade, ela ia dizer: dane-se continua sendo meu filho. E espero que tenham cuidado bem da outra criança, mas
filho mesmo, eu só tenho três. Ela não ia me devolver. Não ia achar que eu tinha deixado de ser filho dela. Não ia me tratar diferente porque eu era adotado.

Porque todos somos.

8.6.06

Filho Perfeito

FILHO PERFEITO
Márcia Lopes


Te imaginei sorrindo,
Te imaginei cantando,
Te imaginei chorando,
Chamando mamãe.

Te imaginei os abraços,
Te imaginei os beijos,
Te imaginei ralhando,
Chamando mamãe.

Te sonhei perfeito, altivo, elegante,
Te sonhei seguro, inteligente, capaz,
Te sonhei menino, te sonhei rapaz.

Quando chegaste, ó maravilhosa realidade!
Burlamos a natureza,
Enfim éramos mãe e filho!

Mas espera...

Te percebi de outra cor,
Te percebi estranho,
Te percebi de outra raça e tamanho.

Te percebi com dor,
Te percebi diferente,
Te percebi carente e doente.

Desse dia, filho, tu sabes, já se passam vários anos
E eu ainda bendigo humildemente
A maravilhosa realidade que te trouxe!

E depois de tantas jornadas
Para que algum som saísse dos teus lábios
O único som que ouço é um grito
Chamando mamãe!

5.6.06

Adaptação da Kathleen

Adaptação da Kathleen.......

Antes de começar gostaria de dizer que conheci ontem pessoalmente uma amiga que visita esse cantinho abençoado, o nome dela é Beth mora no RJ, num futuro espero que proximo sera mais uma mãe do coração, gostei demais de voce amiga.

Agora vamos aos fatos, bem no inicio como todas ja devem imaginar nada são flores.

Primeiro acho que a Kathleen levou um choque, saiu do orfanato e foi para casa de pessoas que mal conhecia e as outras pessoas que foram visita-la diziam, a Jaqueline é sua mãe, o Roberto é seu pai, vó, vô, tia, primo, etc....., ate a futura madrinha e padrinho estavam la.

Passou poucos dias e ela se fechou numa concha, mal falava, não sorria, não queria comer, mentia bastante, tinha que repetir as coisas com ela varias vezes, porque fingia que não ouvia, se falasse um pouquinho mais alto ela começava a chorar, sendo que isso ela fazia quase o tempo inteiro.

Fiquei de licença com ela durante 60 dias, foi o tempo certo para nos conhecermos o suficiente.

Um serio problema enfrentamos a Kathleen não se adaptava de jeito nenhum com o pai, parecia sinceramente que ela não gostava dele de forma alguma. Enquanto estavamos juntas sozinhas isso depois de um mês ela ja estava feliz, quando o pai chegava voltava aquela cara emburrada que ninguem merecia.

Depois de 15/20 dias, as pessoas perguntavam para ela, o que a Jaqueline é sua? sabe qual era a resposta tia, eu ficava muito triste.

Certa vez eu almoçando minha mãe perguntou para ela o que eu era dela, pela primeira vez ela disse mãe, e do Roberto relutou muito e disse pai.

Passando uns 30 dias ja era manheeeee isso, manheeeeee aquilo, acho que nunca ouvi tanto essa palavra e pai entre os dentes.

Mas agora tudo é diferente, principalmente depois que passou a pascoa e o aniversario dela, parece que agora ela se sente dona do pedaço.

Em relação ao pai, se eu chamar atenção dela, ela mais que depressa agarra o braço dele e se estiver jantando fala, eu quero que o meu pai faz avião comigo.

Fala mais que a boca, não deixa nem assistirmos televisão, sorriso colgate, come um prato de peão, detalhe só gosta de arroz e feijão, não mente pelo menos nada que seja serio, me ouve e obedece, parou de chorar sem motivos.

Quando ela nasceu lem casa, posso dizer que nasceu do zero, não sabia nem ao menos escrever as vogais, não sabia se limpar apos ir ao banheiro, perguntava escovar os dentes p/que?

Ela ja falou para varias pessoas o seguinte, antes eu não tinha cama, eu não tinha boneca, quarto so para mim, roupas, etc....

Posso afirmar nada que o tempo e muito amor não resolva, temos que tomar muito cuidado numa adoção tardia para nos mesmos não criarmos uma rejeição e a criança que é a vitima da historia se tornar a vila.

Elas são frageis e estão testando realmente se o nosso amor é sincero e verdadeiro, até onde eles me amam, não podemos esquecer que elas ja foram rejeitadas, abusadas em alguns casos, ficar abrigada creio que deve ser muito dificil para a cabeça delas, ontem mesmo visitei um orfanato, elas tem proteção, mas esta longe de ser o lugar ideal para crianças, elas necessitam de um lar e muito, mais muito amor.

Bem deixa eu parar por aqui, me empolgei e não quero escrever um testamento, amanhã finalmente estou de folga amigas.

O que precisar de mim é so gritar.

Beijos apertados nos corações e uma semana abençoada

3.6.06

Mães e Pais Adotivos... Semeando o Amor.


Há séculos tem sido estudado e discutido sobre o papel desempenhado pela mulher e pelo homem nas sociedades, a evolução e a estagnação de determinados padrões construídos com o passar do tempo. Assim, nos esbarramos em comportamentos, emoções, sentimentos, elos, educação.

Aos poucos, estamos compreendendo que não está ao nosso alcance definir o Amor, sentimento sublime em sua essência. Muitos ainda acreditam que gerar um filho é ser verdadeiramente mãe, que a “semente” genética (óvulo e espermatozóide) trazem consigo um amor incontestável e incondicional. Porém, é fato que o Amor é uma semente e, por ser semente, necessita de um solo fértil para germinar, precisa ser nutrido para crescer e dar frutos.

Todo afeto para se dar, precisa de proximidade física e emocional. Deve ser conquistado COM e NA convivência, pois é na intimidade das relações construídas no cotidiano que germina, cresce e frutifica. E o amor materno e paterno não foge a essa regra. Não é decorrente, como se crê, da ação de algum instinto. Trata-se de afeição que, como qualquer outra, necessita de reciprocidade desenvolvida a partir de um relacionamento estreito e contínuo que assegure confiança e familiaridade aos que dele se nutrem.

Mães e pais, que desejam ter filhos biológicos, fazem planos. Da mesma forma que os pais adotivos o fazem. Pais biológicos que nutrem um desejo de ter um filho com sua herança genética, plantam uma semente, e a medida que ela vai se desenvolvendo o Amor vai surgindo. A barriga vai crescendo, tomando forma e a criança vai sendo esperada até que chega o momento de nascer. E, conforme o tempo vai passando, a convivência, os cuidados podem fortalecer esse amor que está sendo bem recebido, bem acolhido.

Pais adotivos também passam por uma gestação, às vezes muito mais longa do que os nove meses vivenciados pelos pais biológicos. Às vezes, uma gestação de anos, onde a semente foi plantada por um pensamento e desejo – Serem pais. E, durante toda essa “gestação emocional”, os planos vão sendo feitos mesmo que inconscientemente, a ansiedade se aproxima muitas vezes, o desejo de saber “por onde andará meu filho”? “Será que já nasceu”? “Será que está na barriga de alguém”? “Como será nosso encontro?”. E aqui, o Amor também está sendo semeado.

Ninguém é pai e mãe adotivos por acaso. Só adotamos crianças porque queremos, porque nutrimos a semente do Amor, que mesmo muito pequenina, pode encontrar possibilidades de crescer. Quando o nosso filho chega, quando somos solicitados a comparecer em alguma instituição ou conselho para conhecermos o nosso filho, parece inacreditável. A gente olha praquele ser, seja ele um bebê ou uma criança maior, e nem sempre acredita que aquele que está diante dos nossos olhos é o nosso filho.

O Amor à Primeira Vista existe, mas pode não acontecer com muitas pessoas, e é na convivência, na troca, no compartilhar de emoções que este Amor vai sendo construído, semeado. Vamos sim, aprendendo a Amar. Ajustando a nossa rotina para acolher e proteger aquela “mudinha” brotada da semente do nosso desejo – um filho. As coisas mudam, o cotidiano muda e sentimos prazer com essa mudança, afinal esperamos certo período para termos o nosso filho nos braços, um filho, antes de tudo, planejado, querido.

Depoimento adoção Jaque e bonequinha - Parte 3

Voltando ao assunto........
Depois que a assistente social me disse que a Kathleen não tinha irmãos, minhas esperanças se renovaram e tudo mudou.
Visitava o orfanato que ela estava com mais frequencia e ficava olhando para ela fixamente sem cessar, abraçava ela o tempo todo, minha cabeça ficava imaginando varias coisas, ela lem casa, ela sendo nossa filha.
O olhar dela não tinha luz, totalmente apagado, não sorria nunca, uma criança sem vida.
Numa dessas visitas sem esperar ela me beijou no rosto, foi o maior presente que ganhei dessas visitas nos abrigos.
Continuei aguardando a assistente social.
Mais uma vez fui ao orfanato e chegando la, pouco tempo depois apareceu uma amiga minha, o marido dela ficou o tempo todo com a Kathleen isso me deixou com ciumes, levantei com uma raiva danada, tomei coragem e fui pedir a diretora do abrigo para levar a Kathleen para passar o domingo lem casa e ela falou que estava chovendo muito, para eu deixar para a proxima semana, mais uma vez aquela ansiedade, aguardar mais uma semana.
Chegou o tão esperado domingo, minha irmã buscou ela para mim, ela parecia um bicho do mato de tanto medo, me falou esses dias que pensou que eles(minha irmã e meu cunhado) iriam fazer algum mal para ela.
Quando cheguei do trabalho ela me viu descendo a ladeira de casa e ficou mais tranquila, pode respirar pela primeira vez, mesmo assim continuou timida e muito calada.
Falei com ela, dança e ela dançou, por sinal é uma dançarina e tanto.
Disse Kathleen voce vai dormir aqui, ela se assustou demais e disse, não vou voltar para o abrigo, amanhã tenho escola, eu respondi, não a tia Lurdes deixou, amanha vou te levar antes do horario da escola, me perguntou, aonde vou dormir? eu disse: na cama comigo.
Foi tudo otimo, uma experiencia dificil de esquecer, ela obedecia muito, chegou a hora de falar com ela sobre os intrusos, sabe quem, os piolhos, passei o pente fino nela sabe quantos eu tirei 200, quase tive um treco.
Vieram outros finais de semana, eu levando ela la para casa, os piolhos foram diminuindo 100, ate que eliminei.
Ate que um dia recebi uma ligação de um amigo que trabalho em um orfanato, me dizendo que iria me ajudar, foi ate a promotora e falou sobre o meu caso, ela marcou uma entrevista e la fomos nos, chegando ela nos incentivou a entrarmos com o processo, disse que nos apoiaria, fomos ate a assistente social pegar o numero do processo da Kathleen para anexar e ela ficou uma fera, a diretora chefe do abrigo tambem, porque alegaram que passamos por cima delas, deu pano pra manga.
Contratamos uma advogada particular, o processo demorou 1 mes para ser liberado, ate que a guarda provisoria foi liberada por 180 dias, que ja venceram e ja foi renovado por mais 180 dias.
Depois vou contar como foi a adaptação, primeira vez que me chamou de mãe, etc, etc, etc....
Um dia antes da guarda sair, perguntei se ela queria morar la em casa pra sempre, ela disse que sim, então falei, faz uma oração para o papai do ceu deixar voce morar aqui, não é que ela fez e ele ouviu, oração de criança é tiro e queda, voces tinham que ver como foi bonita a oração.
Depois volto meninas, otimo fim de semana.


Olá amigas!!!
Hoje vim postar aqui em nosso Blog a foto de minha Princesinha Victória...
Para quem não a conhece ainda, ela tem 03 aninhos e 04 meses....
Está conosco ha apenas 11 meses,ela é uma criança extremamente carinhosa e alegre...é a nossa maior razão de viver!!!
"Victória...vc não nasceu de mim, mas eu com certeza renascí de você"
Felicidades e muita Saúde!!!
Homenagem dos seus pais...Anne e Claudio.

2.6.06

Depoimento adoção Jaque e bonequinha - Parte 2

Continuando.....

Depois daquele fim de semana continuei minha vida normalmente, com aquela ansiedade que todas ja conhecem da gravidez do coração.

Visitava os orfanatos todos os domingos, normalmente fazia as visitas sozinha, mas num domingo de junho meu esposo foi comigo, nisso ja tinha se passado quase 2 meses que a Kathleen estava abrigada.

Eu falei com ele, Roberto ela dança muito(como de fato).

Ele olhou para ela e viu algo mais, aqueles olhos enormes, pretos iguais jabuticabas, queriam dizer algo, muito triste o seu olhar e ela era muito timida, não falava quase nenhuma palavra.

Como sempre dava um beijinho nela e nas outras meninas.

Chegando em casa ele cogitou em adortarmos ela, me impressionou bastante, principalmente por ela ser maior, fora do tal perfil, mas disse para ele, vai ao forum e pergunta por ela.

A assistente social como sempre disse que ela tinha irmãos, informação que não procedia mesmo porque os 2 irmãos dela ja foram adotados a muito tempo.

Chego em casa do trabalho ele me da a noticia e um banho de agua fria novamente, mas Deus sabe de todas as coisas e a vida segue em frente.

Meses se passaram, num belo domingo, fui no abrigo novamente, presenciei algo que me entristeceu bastante, eu estava abraçada com a Kathleen mas sem imaginar que adotaria ela, mesmo porque ela tinha os tais irmãos, uma menina chamada Janaina ficou com ciumes e começou a bater na cabeça da Kathleen, isso me deixou irrada, leventei e disse bate em mim, sendo que tenho 1,78m, ombros bem largos, ela me respondeu, tia não tem problema não, quando a senhora for embora vou bater muito na Kathleen.

Isso me deixou muito triste, comentei com o Roberto mas estavamos de mãos e pés atados.

Finalmente fomos chamados para a primeira entrevista com a assistente social, conversa vai, conversa vem, comecei a falar sobre as crianças que tinha interesse de adotar, Felipe tem irmãos, Thiago tem irmãos, nisso eu disse tambem tenho muito interesse na Kathleen mas ela tem irmãos ne?

Ela disse: Não, não tem mais.

Na mesma hora olhei para o Roberto e falei temos interesse em adota-la, e ela, temos uma fila temos que respeitar, voces nao estão habilitados, temos que ver a destituição, ela passou por abusos(diversos) voces encarariam, eu disse rapidamente sim, mas com tantos empecilhos nossa luta estava apenas começando.

Continuo amanhã amigas, tem muita lenha ainda para queimar aqui.

Milhões de beijos nos corações

Sou uma mãe muito realizada!


Depois de ler o post da Glaucia, eu procurei a comunidade a que ela se referia e dei a minha opinião. Não vou reproduzir aqui palavra por palavra do que escrevi lá, mas quero trazer a essência.

Respeitamos ou condenamos quem adota um bebê? Esse é um assunto muito importante a ser discutido.

Defender a adoção tardia não é sinônimo de agredir ou condenar quem deseja uma adoção precoce!

Os bebês são adoráveis! Eles merecem muito amor e têm direito a uma família. No entanto, a maioria dos pretendentes à adoção deseja os bebês. Que bom, porque todos eles terão um lar! Mas e as crianças maiores de 2 anos? Não são adoráveis? Não têm direito a uma família?

Nada impede que alguém abra um grupo para divulgar a adoção de bebês, mas isso é necessário?

Eu não quis um filho biológico e não quis um bebê. Não sou melhor nem pior do que ninguém por isso; essa foi a minha opção. Eu sou "mãe por inteiro"! Amo minha filha mais do que tudo no mundo! Sou muito, muito feliz com ela! Não perdi nada por tê-la adotado com 7 anos. Pelo contrário, por ela já ter experiência de vida anterior, eu aprendo muito com ela todos os dias. Se ela estivesse comigo desde bebê, eu perderia a oportunidade de aprender muitas coisas lindas que ela me ensina.

Eu conto a minha história não para desmerecer a adoção precoce, mas para valorizar a adoção tardia! Qual é o perfil da maioria das crianças abrigadas? Quem sabe a resposta para essa pergunta, consegue compreender facilmente porque nosso grupo existe!


ONTEM DESCOBRI QUE SOU " REVOLTADA E FRUSTADA"


Esses dias encontrei um tópico numa comunidade do orkut, onde uma mãe questionava o fato de muitos " condenarem " a adoção de crianças RN. Ela dizia que era normal e compreensível o desejo de acompanhar todas as fases do bebezinho.
Muitas respostas vieram e a minha foi no sentido de dizer que " condenar" é um termo muito relativo, mas que sonho é sonho, direito é direito e cada um deve lutar pelo seu, que eu " condeno" é criança sem família e o fato de por preconceito uma criança de 3 ou 4 anos já ser considerada " velha", e pior condeno o fato de meninos pardos e negros serem ainda mais excluidos.
Pois bem, a moça que abriu o tópico, numa de suas respostas usou o termo" mãe por inteiro", que adotar um RN é ser mãe por inteiro e acompanhar todas as fases do filho. A Milena, nossa amiga de comunidade argumentou com ela sobre o termo " inteiro" se referindo ao fato de se sentir completamente mãe do Natã e se referindo aos muitos momentos em que se sente feliz de estar com ele.
Eu, por minha vez fiz a seguinte pergunta: " Desde quando ser mãe de adoção tardia é ser mãe pela metade?
E recebi essa resposta cheia dé " ótimos" e convincentes argumentos:
" GLAUCIA
01/06/2006 15:37ACHO QUE VC ME INTERPRETOU MAL, EU NÃO DISSE QUE MÃE DE ADOÇÃO TARDIA É MÃE PELA METADE, DISSE?EU NÃO ME RECORDO DISSO!DISSE APENAS QUE PEGANDO UM RECÉM NASCIDO VC VIVE COM SEU FILHO TODAS AS ETAPAS DA VIDA DELE.
PELO QUE TENHO VISTO NAS SUAS RESPOSTAS DE TODOS OS TÓPICOS VC É UM POUQUINHO REVOLTADA, E TENTA CRIAR ATRITOS EM TODOS.
MINHA QUERIDA SE VC TEM ALGUMA FRUSTAÇÃO NINGUÉM AQUI TEM NADA À VER COM ISSO, MUITO MENOS EU!
BJUSSS À TODAS FIQUEM COM DEUS. "
Nem preciso dizer que isso aqui é só mais uma prova do preconceito que impera . Conversando com a Milena ontem eu dizia a ela que ser feliz e lutar por um ideal é o mesmo que ser revoltado ou frustado. Quanto uma pessoa pode conhecer a outra para fazer tal julgamento? è no mínimo leviano.
Pensei nisso a noite toda e só pude chegar a uma conclusão, a de que graças a Deus tem vocês amigos do blog para me mostrar que não estou errada, que não estou sozinha no mundo . E que apesar da gente ser muito julgado e " condenado", a opnião que realmente faz diferença e me basta é a de vocês de resto ...é isso aí!
Desculpem o desabafo beijos ...

1.6.06

Obrigada

Olá a todas!
Hj eu vim so p agradecar o convite da Cá, Obrigada!
Prometo voltar, contar um pouco de mim p vcs...apesar de nos conecermos lá no PD. tenho mto a parender e dividir com vcs.
Abraço
FEr

Adoção Tardia


Lendo histórias de amor tão lindas e felizes, de famílias que se encontraram. Pais que procuravam filhos(as), que desejaram tê-los e por isso abriram seu coração a todas as possibilidades. A adoção tardia pode, mesmo assim, ser considerada um mito. Envolta ainda em uma série de tabus, pré-conceitos, medos e falta de informação.

Lendo histórias como a do Henrique, dos filhos da Glau, da Anne, a minha própria história e de tantas mães e pais que se reunem no Orkut, no grupo, no blog, nos bate-papos... é possível ver que o amor pode ser construido, recriado, motivado, doado e recebido, independente da idade, raça, hábitos e condicionamentos.

Não recrimino que opta apenas por bebês recém-nascidos. Geralmente, optam por acreditarem que esta criança (mais indefesa ainda) não passou por tantos percalços nesta vida, sendo mais fácil criá-la. Ou ainda quem não abre mão de vivenciar todas as etapas do desenvolvimento de uma criança. Porém, dependendo do que se está disposto a dar de si mesmo, a idade torna-se irrelevante. Meu filho de 5 anos é o meu primeiro filho e chegou pra nós com esta idade há 3 meses atrás. Se eu encontro dificuldades?? Sim, encontro muitas... da mesma forma que encontraria se ele tivesse nascido da minha barriga ou se tivesse vindo pra nossa casa logo após seu nascimento. Dificuldades também são barreiras que nós mesmos criamos e apenas nós podemos transpô-las.

Na Adoção Tardia...
... Se não tivemos a oportunidade de ouvir as primeiras palavrinhas,
Acompanhamos as primeiras letrinhas escritas;
Se não houve tempo para trocar fraldas,
Lavamos os lençóis do "xixi na cama";
Se não acordamos de madrugada por causa do choro de fome,
acordamos por causa do choro de um pesadelo;
Se não pudemos ensinar os primeiros passos,
Abrimos os nossos braços para ensinar como trilhar os caminhos do amor.
Fiquem em paz!
Mila

Depoimento adoção Jaque e bonequinha

Ola amigas do meu coração, não sei nem por onde começar, mas vou começar agradecendo pelo convite das minhas amigas Cá e Glaucia, pessoas muito queridas por mim. Para quem não me conhece sou a mãe da Kathleen(bonequinha), ela completou nossa familia a 7 meses, na epoca ela tinha 6 anos e meio, agora em maio completou os 7 anos. Quando preenchi o cadastro para adoção no forum, coloquei que queria uma criança de 0 a 3 anos, independente de sexo, branca ou parda, mas não sabia o que realmente Deus tinha preparado para nos.

Nisso eu já estava visitando alguns orfanatos porque amo colocar o carro na frente dos bois, traduzindo sou ansiosa demais, me vi mãe de varias crianças, nisso meu esposo falava com a assistente social e como sempre ela jogava um banho de agua fria, essa criança tem 5 irmãos, essa vai ser reintegrada a familia, etc, etc, etc...

Numa tarde chuvosa feriado de Tiradentes resolvi visitar um orfanato, chegando la as crianças mal deixaram eu entrar me falaram que 3 crianças tinham voltada para casa, num cantinho de uma sala tinha uma menina com cabelos enormes, muito pequena, parda, brincando sozinha, a moderadora do abrigo me disse:

essa menina chegou ontem, chorou um pouquinho mas ja se adaptou.

Sinceramente não senti absolutamente nada por ela, principalmente porque combinei comigo mesma de ficar com um coração de pedra, diante de tantas crianças vivendo na pior maneira possivel, se eu amolecer vou querer abrir um abrigo em casa, levo todas comigo.

Essa menina solitaria era a Kathleen, naquele dia mal falei um oi com ela, mesmo porque tinha que dar colo para umas 5 crianças por vez.

Vou ficando por aqui, depois conto mais para não ficar um post enorme.

Beijos nos corações e que Deus nos abençoe.

Anjinho de Luz - Adoção x Gravidez


Após 12 anos de casados, cirurgia , hormônios que ele não suportava mais, resolvemos nos habilitar para adoção. O que mais me impressiona é que sempre tive a sensação que adotaria uma criança, mas não era o caso do meu marido.
Fomos taxativos: Definimos que queríamos uma menina até 1 ano no máximo, de preferência que fosse recém-nascida. Nosso processo de adoção corria na capital do estado conforme os ditames da Lei. Aliás continua lá faz mais de 4 anos e nunca fomos chamados.
O destino (Deus), nos levou junto com alguns voluntários a um abrigo para levar donativos, do qual jamais havia tomado conhecimento antes, no interior de Pernambuco. O abrigo era palpérrimo, as crianças todas subnutridas, cheias de piolhos e com semblante de tristesa. Mesmo assim, quando o grupo de voluntários do qual fazíamos parte chegou, fomos reunidos em um salão de chão batido e cada uma das 74 crianças que andavam e sabiam falar vinham nos pedir a benção e fazer algum tipo de arte/espetáculo para nos chamar a atenção. Fiquei tão deprimida com toda a situação que quiz ir embora!
Tive que esperar a entrega dos donativos e de repente notamos uma coisinha miúda, feia que só e que nem, cabelos crespos, nariz de bolinha, amarelo de tão anêmico, quase sem pescoço e com braços e pernas atrofiados. O abdomem era proeminente de tantos vermes. Veio se chegando, foi o único a já andar e falar meio tosco que não nos pediu a benção ou fez qualquer tipo de espetáculo, apenas quiz brincar com os óculos escuros do meu marido. Eu fiquei distante! Ora eu não queria pegar piolhos!!! De repente, muito mais que de repente ele nos abre um sorriso!!! O MAIS LINDO QUE TINHA VISTO ATÉ ENTÃO!!! Ao meu ver o telhado que estava quase desabando desapareceu e foi como se toda a luz existente na terra tivesse se concentrado alí! Chamamos ele para brincar no pátio e ele se recusou por mêdo de dois cachorros "Dog Alemão" que soltavam no pátio para eles não irem se sujar! Só soube disso depois. Ele vez por outra se aproximava e abria aquele sorriso!!!
Mas, lembram??? Nós queríamos uma menina recém-nascida ou até 1 ano de idade ou um pouquinho mais! Fomos embora!!! Demos às costas aquela que criança que mesmo tão sofrida e mal tratada nos ofereceu o seu mais belo sorriso! Este fora o único mal consciente que fiz ao meu FILHO!
Voltamos depois de muito pensarmos (15 dias após) e ele nos pareceu ainda mais feio...só que o sorriso ao nos ver permanecia o mesmo!!!
Pedimos sua guarda provisória cujo processo foi transformado em processo de adoção.
Nos exames que fizemos para cuidar de sua saúde, ele só apresentou vermes, piolhos subnutrição e anemia profunda, além de estar com asma bronquica. Depois descobrimos que ele tinha 8 graus de hipermetropia e desde que esteve conosco usa óculos e tampão para estimular o olhinho esquerdo.
Ele não tinha data de nascimento, pois jamais fora registrado, então fizemos o estudo da arcada dentária, ossos das mãos e crânio. Os laudos determinaram que ele já deveria ter entre dois anos e dois anos e meio. O juiz assim definiu 2 anos em 03 outubro de 2002.
Bom...história comprida essa, hein? Se chegaram até aqui vão até o final! rrssss

Ele também não tinha nome!!! Era conhecido pelo mesmo apelido de um cachorro da redondeza. A fala era terrível e quase ninguém entendia nada! Minha mãe dissera: Vc entende o que ele fala? Eu disse sim eu já entendo tudo o que ele fala e ela disse: Ora minha filha, é claro, afinal Você é a mãe dele!

HOJE ELE TEM NOME: HENRIQUE (que significca "príncipe poderoso") E ele adora ser chamado assim! É o filho mais atencioso que se possa ter! Um Anjo de Luz que Deus colocou em nossas vidas. Fará 6 anos no próximo 03 de outubro e nesse dia não esqueçam de darem os parabéns para agente por termos reconhecido o presente que Deus nos deu!

Engravidei 1 ano e meio após Henrique está com agente. E não sei o que seria de mim sem ele para me dar tanto carinho e me proporcionar momentos de tanta alegria, principalmente quando tentava falar com o irmãozinho através do meu umbigo.
Nosso caçula chama-se Guilherme e fará 2 anos em novembro.
Os irmãos se adoram...jamais houve ciúmes da parte de um ou do outro. Henrique se desdobra em cuidados com o "ursinho de pelúcia brabo" é como ele chama Guilherme e este último por sua vez tem o irmão mais velho como um ídolo!
Por fim, lembram do corpo dele e estado de saúde quando o adotamos? Com muito amor e cuidados apropriados foi revertido e nem a asma ele teve mais. Quanto ao seu aspecto físico hoje ele mais parece um Deus Grego!Lindo!!! Pernas, braços e abdomem bem definidos! A fisionomia é de alegria eterna! Costumo dizer que ele mais parece um furacão, tanto o reboliço que faz e mexe com todos!!! O sorriso mudou, pois está trocando os dentinhos e está muito satisfeito, pois está ficando "gente grande"!

Desejo que Henriques apareçam na vida de todos vocês e que Deus abençoe a todos como tem nos abençoado.

Beijos com carinho,

Dea

Motivos para ter um filho.


Oi a todos!

Primeiramente, quero agradecer a Glau o convite e toda atenção que ela e a Anne tem me direcionado desde quando ingressei na comunidade do Orkut, em seguida em nosso grupo e agora aqui também.
Me chamo Milena Viegas, tenho 27 anos, sou casada há quase 8 anos e temos um filho de 5 anos, que chegou em nosso lar há 3 meses atrás. Numa outra oportunidade contarei o início da nossa história aqui. Digo início porque ainda é pouco tempo e muitas coisas precisamos resolver.

Na comunidade, a Anne criou um tópico abordando a devolução de crianças aos abrigos, por parte das famílias substitutas e/ou adotantes. Isso me fez mergulhar em reflexões. Tentei por duas vezes responder ao tópico, porém, deu erro na hora do envio e perdi o que havia escrito lá.

A primeira coisa que nos ocorre em mente quando sabemos de algum caso em que a criança foi devolvida é: pessoas despreparadas para serem pais. Também conheço um caso onde depois de mais de 10 anos a mãe adotiva devolveu o filho, e o menino estava num estado emocional péssimo devido aos anos que passou ao lado dessa pessoa e também ao fato de ser rejeitado mais uma vez. Com o meu próprio filho houve duas devoluções, por isso entendo o medo que ele tem de estar aqui em nossa casa "só de passagem".

Muitos antes de nós pensarmos em ter filhos, tanto biológicos quanto adotivos, sempre presenciei situações chocantes relacionadas as crianças no meu cotidiano. Por ter uma família extensa, vi muitas crianças nascerem e crescerem; acompanhei o desenvolvimento de muitas delas.

Primeiro de tudo, o único motivo para querer ter um filho é o AMOR... a vontade de ser pai e mãe, o desejo de inserir mais um membro na família e por ele ser responsável. Esta sim deve ser a motivação para se ter um filho, seja biológico ou não.
O que vejo são mulheres engravidando "por acaso", alegando ainda, em pleno século 21 que "aconteceu". Quanto a isso, prefiro não estender meu pensamento. Talvez, esse tipo de argumento seja para encobrir outros desejos, como por exemplo, ter filho para "segurar marido" (pura ilusão), ou por causa de heranças de família, pensões, etc.
O fato é que muitas crianças têm sido concebidas através destes motivos e é aí que mora o problema. Quando se deseja um filho pelos motivos citados anteriormente, a pessoa não apenas não está preparada para sei pai ou mãe, ela definitivamente não está preparada para a vida. Não me cabe aqui julgar o caráter de alguém, sendo menos agressivo falar em "despreparo" emocional para a vida mesmo.

A partir daí a gente começa a entender as devoluções (digo entender, não aceitar), visto ser muito mais fácil devolver pra um Conselho Tutelar uma criança que a pessoa pegou lá, ou uma instituição, tanto faz. E quando falamos em abandono, logo nos vem a mente aquelas crianças desnutridas, sujas e doentes que vivem em comunidades de extrema carência. Nisso nos esquecemos que o abandono vai muito além desse estado visual o qual nos deparamos em alguns abrigos e nas comunidades. Não podemos nos esquecer do abandono emocional que pode ocorrer em qualquer família e em qualquer classe social, por mais que tenhamos uma visão de uma criança bem vestida, penteada, com bochechas coradas.
Isso tem sido sutilmente retratado naquele programa Super Nanny (embora eu só tenha assistido um). Pais de filhos biológicos que não sabem ou não querem lidar com seus filhos, e essa falta de limites das crianças filhos de classes mais privilegiadas, ao meu ver, trata-se de um tipo de abandono. Não dar limites é dizer "não me importa o que você faça".

Agora, imaginemos uma situação em que um casal de classe média/alta planeja um filho (adotivo ou não) devido a uma vantagem num momento em que uma divisão de bens está pra acontecer. Parece coisa de novela? Pois não é! Muitas vezes a situação está ao nosso lado, mas com um certo mascaramento e sutileza que não percebemos tanto. Qual seria a possibilidade dessa criança acima ser feliz e ter pais dedicados? Acredito que poucas.

Ter um filho não é brincar de bonecas, ter um filho não deve ser a partir de motivações de interesse próprio... filho não recupera casamento, filho não substitui qualquer coisa que seja.
Quanto as pessoas que devolvem estas crianças, são irresponsáveis? Completamente! São egoístas? Sim, ao extremo! Quem não quer se dedicar a uma vida, não pode ter a responsabilidade de uma criança, principalmente adotiva, já que essa criança precisa de muito mais atenção e acompanhamento.

Preciso me desculpar pelo post imenso, sobre esse assunto poderia ficar aqui escrevendo um livro.
Um grande beijo!
Mila

ANIVERSÁRIO DA MINHA BEBE

Hoje nossa boneca tá fazendo três aninhos...ta virando mocinha minha bebe!

Só tenho a agradecer a Deus por esses presentes na minha vida. São nossa alegria, nossa motivação, tudo que fazemos é por eles.

Parabéns pitica, papai, mamãe e seus irmãos te amam muito!