Mostrando postagens com marcador mães. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mães. Mostrar todas as postagens

25.5.12




Este post está rascunhado desde o dia das mães, data em que é impossível não se ver cercada dos mais comoventes depoimentos femininos. A dor do filho que não nasceu é grande, é imensa. Como diz o Chico, "saudade é arrumar o quarto/do filho que já morreu"- ou que nem nasceu...

Tenho ouvido, ao longo da minha vida, nos mais variados tons, eu não posso ter um filho. Algumas vezes como lamento, outras com raiva, outras com mágoa... e outras com indiferença burilada em anos de dor - não era pra ser, bola pra frente.

Eu costumo dizer que Deus pode querer que alguém não fique grávida, mas ele sempre quer que alguém seja mãe.

O discurso mais frequente é "Adoção não é pra mim". E eu sempre fico pensando, por que não?

O que faz uma criança adotada ser diferente aos olhos destas pessoas?  O que o sangue garante? 

Estas pessoas desconhecem uma verdade absoluta: todos os seres são paridos, mas nem todos são adotados. Você pode ter ficado grávida, ter parido, mas se não se dispuser a adotar esta criança, ela não será sua filha. Se vc não se dispuser a formar laços com ela, no dia a dia, ela não será sua filha. Se vc não se dispuser a amá-la, a dedicar seu tempo com ela, ela não será sua filha.

Fosse a voz do sangue tudo, não haveria tantos filhos bios largados no mundo, e nem estou falando dos "pobrezinhos abandonados". Estou falando daquela criança de família classe média cujos pais delegam todo o cuidado à empregadas; daquelas cujos pais não tem tempo para reuniões na escola ou festinhas; daqueles que tem filho pra por a foto na carteira apenas. Fosse a voz do sangue garantia de vida feliz em família não haveria tantos consultórios com gente buscando ajuda. Não haveria tantas "ovelhas negras" nas famílias (e cabe aqui um parentese, pq na mais pura voz do preconceito, sempre que em uma "família de bem" surge um dependente de alcool, drogas, ou até mal comportamento, vem a piadinha "ele foi trocado na maternidade" "tem certeza que ele não foi adotado").

O sangue não garante nada, salvo as mesmas doenças que vc tem em família. O que garante tudo é a formação que vc se dispuser a dar.

E por último, uma coisa que penso sempre... ok, adoção não é pra vc. Mas vc esteve na maternidade, teve seu pimpolho. Dois anos depois vc tem um oficial à sua porta dizendo que seu bb foi trocado e a "verdadeira mãe" o quer de volta. Vc acha que se sentiria aliviada pq "nunca tinha conseguido amar esta criança, sabia que ela não era sua" ou vai ficar desesperada??????

Pense nisso. Pense que ser feliz depende muito mais só de vc do que vc imagina!

Como diz minha prima: "Deus tem muitos caminhos para distribuir suas bençãos"... e quer benção maior do que ter um filho?

5.5.11

Porque ser Mamãe? (editado)

"Eu escolhi ser mãe! Fui atrás, busquei, lutei e amei.
Sempre tive mil dúvidas pairando na minha cabeça, desde as mais bobas, como o que comer em determinada refeição do dia, até as mais nobres e discutidas por sábios como De onde nós viemos? Deus existe? Existe vida após a morte? "Você pensa demais Dea!" Meu marido é taxativo...
Entretanto, de uma coisa nuca tive dúvida: Eu sempre quiz ser mãe! Eu não fui mãe por fluxograma ou obrigação, fui mãe por que sempre quiz isso para mim. Sou hoje a mãe feliz de 2 meninos, mas se não fosse pelo bolso, seria mãe de pelo menos 6 crianças e sei que as amaria da mesma forma, afinal amor não se divide, se multiplica.
Para mim resume-se assim: Primeiro sinto que sou mãe....depois bemmmmmm depois vem o restante dos meus sentimentos! rs
Bjs com td meu carinho em tds as mães." (Dea, mamãe do Henrique e do Guilherme)


"Eu quis ser mãe. Não aconteceu por acaso, foi uma escolha mais do que pensada.Muita gente diz que ter filhos é um ato egoísta, e é mesmo. Ter filhos faz mais bem para a gente do que para eles. Meus filhos me trouxeram a oportunidade de redescobrir o  mundo, de reaprende-lo com outros olhos. Me fizeram ver que existem outras necessidades e assim, ao me obrigarem a repensar minhas verdades, me tornaram um ser humano melhor. Muitos dizem que eles são garotos de sorte pq vieram para nossa família; mas nós é que somos imensamente afortunados pq eles estão conosco." (Adriana, mamãe do João e do Pedro)


"As pessoas associam a maternidade a mulheres, mas a verdade não é bem assim. Tem mulheres que nasceram para ser mães, outras não. Com o passar dos anos, acho que posso me incluir no primeiro caso. Adoro tudo da maternidade. Gosto de levar meu filho à escola, ao futebol, ao judô. Adoro almoçar, conversar, rir e assistir televisão com ele. Gosto de trazer seus amiguinhos para casa e vê-los brincando. Gosto de ir à reunião de pais, falar sobre ele e saber detalhes sobre seu desempenho. Amo colocá-lo para dormir, contar uma história e vê-lo pegar no sono tranqüilo. Falar 50 vezes a mesma coisa cansa, mas depois que vejo que consegui convencê-lo a escovar os dentes, guardar os brinquedos e cessar uma birra, fico muito feliz. O que eu não gosto da maternidade? Não sei, provavelmente quando o Giovanni fica doente, abatido e triste. Agora quando me perguntam por que ser mãe? Acho que porque queria viver tudo isso para ser verdadeiramente feliz ao lado de meu amado marido.   " (Salete, mamãe do Giovanni).

28.5.07

A dificuldade em dizer não

Ricardo tem 6 anos. Está em casa vendo TV e por volta das 18:30h Valéria, sua mãe, chega em casa com uma caixa de bombons que ganhou no trabalho. Ele corre para beijá-la e, curioso como toda criança, pergunta que presente é aquele. Ela sente-se embaraçada, pois se aproxima a hora do jantar, mas mostra-lhe os bombons. Logo ele pede um e ela argumenta que lhe dará após a refeição. Inevitavelmente ele diz: "só hoje, mãe", "é só um", "prometo que vou comer tudo" etc, etc. Muitas vezes faz "caras e bocas", chora, se joga no chão, xinga a mãe, etc. Valéria ao ver seu filho com tal sofrimento não sabe como proceder, afinal já passa o dia todo fora trabalhando, o que já gera bastante culpa e neste caso em especial, foi ela quem mostrou os bombons fora de hora.

Este caso simples mostra como é importante que o casal pense nas regras de sua casa/família, assim como nos valores morais e éticos que desejam passar a seus filhos. Este pensamento se inicia com a chegada do primeiro filho, quando as situações começam a surgir; para os demais essas regras e valores já estão determinados. Cada família tem regras e valores próprios, naturalmente respeitando os da sociedade em que vivem. O casal deve, então, pensar se em sua casa haverá ou não hora para tomar banho, para as refeições, quando ocorrerão exceções, o tipo de programa deTV permitido, etc. É importante que se respeite a singularidade de cada família, que não será igual nem a do pai nem a da mãe, mas uma nova família a partir desse novo casal. Se na família de Ricardo fosse permitido comer bombons antes do jantar, não haveria conflito. Mas Valéria, juntamente com seu marido, consideram essa ocorrência prejudicial à alimentação e, conseqüentemente, à saúde de seu filho. Então onde está o problema? Vemos dois principais fatores determinantes: o primeiro é a eterna culpa da mãe que trabalha fora e que "justamente nos poucos momentos em que estou em casa, tenho que dar limites ao meu filho", e o segundo, mas não menos importante, é que "ele só quer um bombom", "o bombom também tem seus nutrientes", "qual é o problema de ele não jantar bem só hoje?". Queremos mostrar com isso que Valéria não está de fato convencida de que esta regra esteja correta. Analisando a culpa, é importante relembrar essas mães que em pleno século XXI esta é uma condição presente na maioria das famílias e que a mulher deve resgatar o que a levou a trabalhar, que vai desde uma necessidade real de divisão dos custos da família, inclusive para dar melhores condições a seus filhos, até a realização pessoal de uma pessoa que quer ter outros horizontes profissionais. Desta forma a mãe mostra com atitudes que sabe se valorizar, se cuidar e preservar seu espaço individual, sendo um modelo importante para que a criança saiba também fazê-lo quando chegar seu momento. Com relação ao segundo fator, podemos dizer que quando os pais têm clareza e convicção de sua postura o confronto é mais rápido e tranqüilo.

(Autoria de Verônica V. Cavalcante - psicoterapeuta e presidente do Departamento de Saúde Mental da Sociedade Brasileira de Pediatria; Fonte: Terra)

13.5.07

FELIZ DIA DAS MÃES!




Neste dia mágico, desejo que muitas mulheres possam sentir a felicidade de ser mãe de uma criança real como a garotinha da foto tirada há três anos, um mês antes de eu comemorar meu primeiro Dia das Mães. Minha moreninha linda ao lado de minha mãe é a homenagem que ofereço a todas as mamães e futuras mamães!


MÃE ADOTIVA


"Eu sei, mamãe, que por um capricho do destino, ou simples desejo Divino não foi em seu ventre que me formei . Quis a vida que eu fosse escolhido não pelo acaso, mas pelos próprios caminhos apontados por Deus.
Eu sei que a primeira vez que você me sentiu mexer foi em seus braços e não em seu ventre. Mas...mãe! Há algo mais forte que os laços de sangue: são os laços do coração, aqueles que por uma razão inexplicável nos ligam para sempre a uma outra pessoa. Assim eu nasci, não da sua barriga, mas do seu ser.
E você me acolheu com braços quentes, como se eu fosse carne da sua carne. Me pôs contra seu peito e eu pude ouvir a voz do seu coração me acalmava me dizendo para não ter medo, que eu encontrei um lar. Você me devolveu a dignidade de ser chamado de filho e a honra de ter uma verdadeira mãe, exatamente como deve ser.
Sei que em momentos de zanga eu digo que vou procurar minha mãe. Mas quero que você saiba que meu coração não pensa o que digo e gostaria que me perdoasse. Mãe não só é aquela que põe no mundo, mas aquela que, vivendo ao nosso lado, nos prepara para enfrentar o mundo. Aquela que cura a dor com beijos e se alegra quando nosso coração se alegra. Talvez você não tenha me dado a vida, mas deu certamente uma razão para viver...
Deus sabia, mamãe, que você era o anjo na medida exata para fazer a minha felicidade. Te amo!"

Letícia Thompson