23.4.07


UMA REFLEXÃO SOBRE O PRECONCEITO ATRÁS DA PALAVRA



In: Weber, L.N.D. (1998). Laços de ternura: pesquisas e histórias de adoção. Curitiba: Santa Mônica, p. 114.
...Isso é o aprendizado. De súbito você compreende algo que havia percebido a vida inteira, mas de maneira nova (Doris Lessing)

Em nosso dia-a-dia costumamos utilizar muitas expressões e termos que denotam preconceito sem que tenhamos plena consciência disso. Assim, as novelas, os meios de comunicação de massa e as propagandas estão repletas de chavões preconceituosos, muitas vezes mascarados em sátiras e situações engraçadas, as quais servem simplesmente para manter um determinado status quo que um segmento social acha recomendável. Rimos da mocinha "bonita e burra" de determinado programa de televisão e não percebemos o quanto isto é estereotipado e preconceituoso. Ouvimos e vemos, a todo momento, expressões que denotam preconceito racial, religioso, étnico, social, estético, e muitos outros. É preciso parar para refletir um pouco. Alguns termos transformam-se em diagnósticos de vida. Foi o que ocorreu com o termo "menor". Menores eram sempre os filhos dos outros, aqueles que estavam nas ruas, era a cultura menorizada. O nosso filho era sempre uma criança ou adolescente, mas o filho do outro, do menos favorecido, era um "menor". Tomando consciência desta fato, a sociedade aboliu o termo menor e passou a chamar todos os filhos de crianças e adolescentes, culminando com o fim do Código de Menores e com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Com os discursos e a literatura a respeito de famílias adotivas tem acontecido algo semelhante, onde percebe-se, por trás da semântica o preconceito, e que fazemos aqui uma moção para que isto seja modificado. Algumas pessoas perguntam para a mãe adotiva se "essa é a criança que ela pegou para criar"; se a família possui filhos biológicos e adotivos, as pessoas costumam apontar para um deles e perguntar: "é esse o seu"?; ou ainda, após saber da adoção, pessoas podem perguntar, mas "você conhece a mãe verdadeira dele?". Todas essas frases demonstram uma falta de esclarecimento associada ao preconceito em relação a esta constituição familiar.

De maneira geral, quando fala-se de família adotiva, utiliza-se como antítese "família verdadeira", "família natural", "família legítima". Temos por convicção e por força dos dados científicos, que a família adotiva não é artificial não, mas é tão verdadeira e legítima quanto a outra. Sua essência não é diferente, mas somente a contingência de como foi constituída. Então, sugerimos que sejam utilizados os termos família de sangue, família biológica ou família de origem em contraposição à família adotiva. Da mesma forma, quando fala-se em filho adotivo, a antítese mais comum é falar em "filho verdadeiro", "filho natural", "filho legítimo", "filho meu mesmo". Sugerimos que sejam utilizados os termos filho de sangue e filho biológico, pois o filho adotivo não é artificial, nem falso ou ilegítimo e é filho mesmo dos seus pais adotivos!

17.4.07

Cuidados que devemos ter ao falar com crianças



Mesmo sem perceber, a gente adora enquadrar as pessoas em categorias para defini-las e descrevê-las. Quando isso envolve uma criança, criamos um problema. E pais e professores fazem isso em profusão. "Meu filho é tímido", "aquela criança é agitada", "fulano é mentiroso", "tal aluno é fofoqueiro" são algumas descrições que já ouvi adultos fazerem a respeito de crianças. E, de fato, essas crianças podem apresentar as características apontadas.

Mas, por que isso é problemático?É que a criança vive, na infância, o período em que constrói sua imagem, e esse processo ocorre a partir de matrizes de identificação que ela encontra no ambiente em que vive. Quando uma criança mente algumas vezes e, a partir de então, passa a ser descrita como mentirosa, essa matriz passa a fazer parte da imagem que ela constrói a seu respeito. E vira até profecia, mesmo quando negada. Quando um educador, familiar ou escolar, diz para uma criança que ela não deve ser mentirosa, por exemplo, está afirmando que ela já é, ou está se tornando.

Mentir é diferente de ser mentiroso, mas uma criança ainda não faz essa distinção e, quando percebe que essa imagem a descreve, acaba por tomar essa referência para se situar, para se perceber e para se identificar. Ela adota uma parte como o todo e, a partir de então, é bem mais provável que a mentira passe a se tornar mais freqüente em sua vida. É que é assim que ela se reconhece porque é assim que os adultos próximos a reconhecem. O que um adulto diz para uma criança a respeito dela funciona, na verdade, como em espelho.Pode parecer apenas uma questão de construção lingüística, mas não é. Dizer para uma criança que ela mentiu e dizer que ela é uma mentirosa faz uma grande diferença no seu desenvolvimento. Ralhar com o filho por ele ter feito sujeira onde não deveria é diferente de dizer que ele é um porcalhão. Chamar a atenção de um aluno por ele não parar quieto quando deveria é bem diferente de dizer que ele é hiperativo.

Além disso, enquadrar a criança em determinadas categorias de comportamento ou de atitude, aniquila também a possibilidade de ela experimentar até encontrar o jeito mais adequado para si.

Lembro-me de um fato bem interessante que ilustra essa questão. Três crianças entre seis e oito anos, mais ou menos, almoçavam juntas no restaurante de um hotel. Os pais estavam por perto, mas elas preferiram a independência. Enquanto almoçavam, conversavam e se observavam, é claro. Em determinado momento, uma delas tirou um alimento do prato e colocou sobre a toalha da mesa. A outra, atenta, disparou: "Isso é feio! Se você não quer comer, deixa no prato". A resposta veio curta e grossa: "Eu sei". E, quando indagado do motivo de, mesmo assim, fazer, o garoto afirmou com a maior tranqüilidade: "É que sou teimoso". Dá para imaginar que essa criança ouve isso com muita freqüência, não é verdade?

(http://blogdaroselysayao.blog.uol.com.br/arch2007-03-18_2007-03-24.html)

TEXTO ENVIADO PELA SILVINHA

16.4.07

Vamos nos comunicar!



VAMOS NOS COMUNICAR!


Peço desculpas a todos que têm visitado nosso blog, prometo que estaremos nos esforçando para mantê-lo atualizado.

Obrigada a todas as mensagens de carinho e incentivo!

Às novas amigas que desejam manter contato, faço um convite especial: venham participar do nosso grupo de e-mails no yahoo! Enviem um e-mail para http://adocao_tardia-subscribe@yahoogrupos.com.br .

Às que pediram para falar comigo, meu Orkut: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=7702885137174486971 ; meu e-mail: ummundoparanos@uol.com.br .
Um abraço sempre carinhoso!

22.3.07

Uma linda experiência!

Gostaria de contar uma experiência vivida na última sexta-feira em um salão de beleza aqui de Gravatá - PE.

Eu nem sei dizer ao certo como começou o assunto, acho que a dona do salão de beleza falou algo a respeito do tema adoção e daí se desenrolaram vários depoimentos! Quase todos negativos, muitas senhoras diziam ter medo de adotar, afinal filho(a) de alguém capaz de abandonar seus próprios filhos deviam trazer uma carga genética negativa ou algo espiritual negativo.

Daí me manifestei, disse que havia adotado um menino aproximadamente de 2 anos e que havia passado maus momentos nesses dois primeiros anos de vida e que hoje era uma criança super amorosa e que defendia o irmão (esse meu filho biológico) como nunca havia visto assim entre irmãos biológicos, mesmo os da minha família que brigavam mais que tudo.

Expliquei que havia muito preconceito nessa área e que feliz os que conseguiam quebrar seus paradigmas e preconceitos. E que meu filho me fez mãe e fez meu marido pai e nos faz muito feliz.

Outras senhoras insistiram que achavam um ato muito bonito para os outros fazerem, mas que ela seria incapaz!

Foi aí que uma senhora que até então estava calada, após uma pausa de silêncio disse de maneira mansa, sem alterar a voz e com muita fidalguia:

"Fui casada por 57 anos; x meses e x dias, meu marido morreu há pouco, depois de sofrer horrores após um AVC. Nós nos amamos muito e fui muito feliz no meu casamento, não fosse pelo fato de nunca ter tido um filho e ter me deixado influenciar por pessoas que diziam o que escutei aqui da maioria das pessoas." Como me arrependo de não ter adotado ao menos uns 5 filhos! Me dediquei a sobrinhos e sobrinhos-netos e hoje me vejo só! A não ser se precisarem de auxílio financeiro meu..." e voltando para mim disse olhando nos meus olhos,o que me comoveu imensamente; "Você que fez certo, mocinha! Antes eu tivesse tido a mesma sabedoria de vida! Me deixei influenciar pelos preconceitos dos outros e não me livrei dos meus! E hoje estou só, com quase 80 anos e não pude desfrutar do amor maternal que é um direito de toda mulher!"

Ela era uma senhora muito distinta e logo depois chegou seu motorista para buscá-la em um carrão importado!!! Eu que estou vivendo na maior tranqueira financeira, me senti a mulher mais rica do mundo, pois meus dois tesouros naquela mesma hora estavam na escola e à noitinha iriam nos encher com seus falatórios, bagunça, traquinagem, alegria e muito amor!

Texto da Dea
Nossa família cresceu!

Nós tínhamos acabado de nos habilitar e pretendíamos adotar uma menina de 3 a 9 anos independente da raça. A Quequel a chamava carinhosamente de Naniquinha!

Tivemos umas duas conversas sobre a possibilidade de adotarmos nosso garotinho ao mesmo tempo. Pensando nisso, fomos à reunião do Grupo de Apoio, tiramos nossas dúvidas, abrimos o perfil e na mesma semana (dia 14.02) recebemos o tão sonhado telefonema.

A Quel adivinhou: apesar de seus 8 anos e meio, a Thamires é mesmo uma naniquinha! Pequena de tudo, magrinha, muito meiga! Nosso garotinho se chama Davi e tem 7 anos e 3 meses.

Visitamos as crianças, fizemos a aproximação e, no dia 15, a diretora conversou com eles. Aceitaram na hora! Foi uma alegria geral!

Outra coisa de Deus!!! Nós conhecemos o Davi quando adotamos a Raquel. Ele era pequenino e ficava o tempo todo sentado no colo do Rubens. Quando a gente poderia imaginar uma coisa dessa! A Raquel já os conhecia...mesmo lugar...história em comum! Mesmas “cegonhas”!

Visitamos as crianças todos os dias, elas passaram os cinco dias de Carnaval conosco, depois mais dois finais de semana e a tão sonhada guarda-provisória saiu no dia 05.03.

12.1.07

O aniversário do coração



O ANIVERSÁRIO DO CORAÇÃO

A Quequel escolheu bolo de morango em forma de coração, enfeites da Sininho e bexigas tudo de coração. Foi uma festinha para os avós, tios, primos e amigos mais íntimos.
Antes dos parabéns, eu disse estas palavras:
"A Raquel não é apenas uma filha. Ela é uma pessoa que me ensinou o amor de verdade, puro, desinteressado, amor que independe da raça, da idade, do sangue, do DNA.
Ela não exigiu uma mãe alta, magra, loira, de olhos azuis, não escolheu minha idade nem minha condição social. Quis apenas uma mãe para amar e ser amada.
E, por sermos tão diferentes, ela me ensinou a gostar da música, da dança, a ser mais animada e principalmente a ser um pessoa melhor a cada dia, livre de preconceitos que só afastam as pessoas.
A Raquel é uma menina de bom coração, carinhosa, solidária, e nada disso é mérito meu, não é meu sangue, não é meu leite, não é minha tradição, nem sequer é minha educação inicial. É mérito dela, que já chegou assim aos meus braços.
Por isso eu agradeço a Deus todos os dias por ela ter dito num dia muito especial: 'Sim! Eu quero que eles sejam meus pais. Eles vêm me ver hoje?' "

7.12.06

Vale à pena trabalhar pela adoção!!!

“No sábado, minha mãe veio me contar que minha cunhada está grávida de 1 mês. Logo em seguida, veio o comentário: "Seu pai disse que ficaria mais feliz se fosse você!".
Minha mãe diz que ama a Quel e o meu sobrinho do mesmo jeito, que não tem nenhuma diferença, porém fala que foi muito dolorido aceitar minha decisão de não ter um filho biológico, que ela sofreu muito mas entendeu meu jeito de pensar. Minha mãe diz que ela e meu pai têm direito de sonhar e que eu tenho de respeitar isso. É tudo muito confuso, porque minha mãe e a Quel estão um grude só! Elas se divertem muito juntas, as duas são muito carinhosas uma com a outra, tudo que minha mãe vê e acha bonito já quer comprar para a Quel.
A velha história: minha cunhada está grávida e eu não! Como não?!? Então a Quel não fala todos os dias na irmãzinha que está para chegar?
Eu pretendo conversar com meu pai sobre o assunto. Se não conseguimos abrir os corações nem dos nossos familiares, então como levar a bandeira da adoção para os estranhos?”
Carmen

'Cá amiga,

Vc sabe que vivo a mesma situação!!! Qdo falo de uma possível gravidez, os olhos dela brilham, ela respira fundo e fica sonhando: 'ai, já pensou isso...já pensou aquilo...ai como eu ía ficar feliz de ver o barrigão...ai isso, ai aquilo', entretanto qdo falo de uma nova adoção: 'ai, vcs são malucos!!! Nos tempos de hj 2 filhos já está bom demais e além do mais vcs já têm um casal. Vê se sossega só com esses 2'. E aí eu pergunto...que diferença tem ter o 3º filho por adoção ou biológico?!?!?!

É muito complicado de se entender essa dicotomia, principalmente pelo motivo que vc citou...existe amor por nossos filhos!!! Não é fingimento, não é obrigação...é amor!!! Creio que aí existam 2 lados que brigam inteiormente...o do que ama de forma incondicional nossos filhos e outro que quer ter uma 'seqüencia de sangue' da família.
Minha mãe nunca se conformou de eu não querer fazer exames, tratamentos e agora que existe a possibilidade real de uma gravidez eu me retraio justamente por estes comportamentos! Como seria ouvir alguém, da família e de fora tbm dizendo: 'ai, que legal, agora vcs vão ter um filho de vcs, né?'. Isso me arrepia só de pensar!!!
Vou deixar o mérito do neto biológico para meu irmão, mas sei que sempre foi o sonho do meu pai tbm me ver grávida! Mas e aí...é um sonho deles e não meu!!!
Acredito que nossas famílias são abertas sim à adoção, amiga, eles só sonham com um neto biológico, se iludem com a bobagem de imaginar com quem essa cça pareceria, que carinha teria, de nos ver com a barriga, mas são abertos pq senão não amariam nossos filhos, ainda que essa abertura venha depois da chegada das cças!
Acho que a luta é válida, pq só se derruba preconceitos (não sonhos) com informação! E neste campo da adoção há muito que se trilhar ainda!!! Lembro-me que cças criadas sem pai ficavam isoladas no fundo da sala de aula pq não podiam confeccionar presentinhos para o dia dos pais! Lembro-me que moça solteira que tinha filhos não era mais aceita em igrejas sem caras feias e algumas famílias 'amigas' lhes fechavam as portas para nao servir de 'mau exemplo' para suas filhas! Lembro-me que até há bem pouco tempo os homossexuais não podiam sequer assumir sua condição sem o ônus de serem execrados pela família e pela sociedade! Lembro-me que os portadores de HIV eram condenados a viverem uma vida de isolamento e era isso que os matavam...a carência afetiva e o isolamento social! Lembro-me de tantas outras coisas que daria para escrever até amanhã...
Todos de forma incondicional conquistaram seu espaço, adquiriram respeito justamente pq houve pessoas que não se intimidaram com o que os outros pensavam. Saíram, batalharam, serviram de escudo para serem atacados, criaram polêmicas se espondo nas ruas, nas escolas, batalhando pelo direito à inclusão e hj, cada um a seu modo, conquistaram o direito de serem cidadãos, ainda que esteja longe o quesito respeito em alguns casos e embora não haja o respeito desejável, já se adquiriu uma coisa muito importante...tolerância!
Precisamos lutar sim pela causa da adoção, pq não dá para admitir que mesmo diante do aumento que houve na procura pela adoção, que se use nos meios de comunicação o termo 'família de verdade' para a família biológica, 'mãe verdadeira' para a mãe biológica...e nesse ponto lembro-me que pessoas que lutavam pelas causas e íam aos programas de tv para modificarem termos como 'não é mongolóide...é portador da Síndrome de Down', ou 'não é alcoólatra...é alcoólico'. E foi assim, modificando o termo que carregava o preconceito e explicando as situações que se adquiriu respeito e aceitação social!
Ao passo que mostramos que nossos filhos são filhos como outro qquer que tenha vindo de forma natural, por inseminação, por fertilização, mostramos tbm que somos uma família de verdade, que a adoção é uma forma alternativa de se ter um filho, que dá para ser feliz e é isso que vai fazendo a diferença ao nosso redor, pq de repente uma pessoa que sequer pensava nisso, começa a sonhar! E aí vem a despreconceitualização da cça maior, a desmitificação que cça gde é sempre um problema, que a adoção de uma cça gde é perigosa, a aceitação de uma cça portadora de necessidades especiais, de raça diferente da nossa...
O trabalho é duro, o processo é demorado...é necessário se andar muito nesta caminhada para se consquistar o que parece pouco, mas é o conjunto de ações ao longo do tempo que vai modificar a sociedade!
Desistir de lutar é negar aos nossos filhos, ou netos, e suas gerações que possam viver a adoção da forma como sonhamos, sem tabus, sem receios, sem preconceitos!
Nossa luta é contra o preconceito e não contra os sonhos!'
Bjs com carinho!
Cláu
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5.12.06


DEPOIMENTO: ADOÇÃO E GRAVIDEZ

Desde muito cedo quis ser mãe e até gravidez psicológica, de ficar 4 meses sem menstruar e com o ventre um pouco crescido tive.

Casei cedo, aos 22 anos e um ano depois já estava tentando engravidar. Só que não acontecia. Fiz vários exames e comigo estava tudo em ordem para que a gravidez acontecesse.

Já no meu marido, apareceram algumas complicações e ele até submeteu-se a uma cirurgia para correção do problema (velocidade dos espermatozóides).

Mesmo assim o tempo foi passando e a gravidez não acontecia. Só que não era uma obsessão e fomos levando nossa vidinha de casados muito bem.

Desde mocinha eu pensava em adotar, achava que já tinha tanta criança precisando de um lar, então pra que colocar mais uma no mundo?! Só que esse não era o pensamento do meu Guga que queria muito um filho biológico.

Lembro que antes de saberem que o problema por eu não engravidar era do Guga, a família dele me cobrava absurdos pela gravidez! Era como se fosse um fluxograma: Casou, tem que ter um filho biológico! Um dia não aguentei e mandei eles perguntarem ao Guga pq eu não engravidava. Silenciaram e me deixaram em paz!!! ufaaaa!!!

Guga tentou tratamento com hormônios que o fizeram passar super mal e foi aí que conversamos mais seriamente a respeito da adoção e ele concordou. Tínhamos 12 anos de casados.

Nos habilitamos, cheios de paradigmas e preconceitos...graças a Deus chegou meu Henrique, que de fato era o oposto da criança que descrevemos desejar no processo de adoção inicial. Mas chegou arrasando: Nos fez Pai e Mãe e o melhor: Nos fez ver a vida como ela é e saber que pode ser melhor e nos fez quebrar as fronteiras do nosso mundinho.

Henrique, meu filho mais velho, não foi bem aceito pela família e teve até aqueles que nos mostraram os pulsos e disseram que se o sangue deles não corressem na criança, eles não a considerariam como família. Houve os que nos mandaram devolvê-lo...e absurdos assim. Afiamos unhas e dentes e deixamos claro que ele era nosso filho e ponto final e aqueles que quisessem continuar a conviver com agente teriam que respeitar nosso Henrique.

1 ano e 6 meses se passaram...Henrique já consquitara seu terreno e os que não o aceitaram, era pq de fato não nutriam por nós grande afeto, assim se afastaram. Graças a Deus...hoje enxergo que eles eram um grande estorvo!!!

Comecei a ter sonos incríveis e super fora de hora...era um abrir de boca maleducado e eu não me segurava em pé! A menstruação atrasou e comecei a ficar enjoada...veio a suspeita da gravidez!

FIQUEI APAVORADA! tomava remédios pesados para o controle da Esclerose Múltipla, doença da qual sou portadora e recentemente tinha feito pulso de corticóides!

O exame deu positivo! Lembro que chorei que só, por não desejar mais ficar grávida, tinha muito medo, eu já tinha 35 anos. Por estar passando por um momento difícil na nossa vida e por achar que já tinha meu filho e se quisesse outro era para ser adotado também!

Fizemos a primeira ultra-som e o coração pulsando a mil por hora nos fez emocionar: Eu e Guga a chorar e Henrique a sorrir imitando o som do coraçãozinho do irmão!

Sim, teve os que assim que souberam da minha gravidez foram logo indagando: E agora vão devolver o menino que vcs "criam"? E o pior é que não foi só um ou dois que chegou a fazer essa pergunta absurda!

Outros comentavam: "agora vc será mãe de verdade"! ou "agora vcs vão ver o que é de verdade ter um filho"!

Por vezes eu respondia alguma coisa bem grosseira e por outras vezes era bem escandalosa e me colocava a gargalhar na frente da pessoa, que ficava com cara de tacho!!! Por vezes, tava tão cansada com aquilo tudo que nem respondia nada!!!! Ignorava!

Bom, comecei a ter enjôos absurdos, vomitava mesmo em jejum, o suco gástrico e só faltava me acabar com aquilo! enjoei o cheiro de tudo...até a música de um desenho animado que Henrique gostava de assistir até hoje não aguento escutar!


Eu não conseguia mais dormir na posição que estava acostumada...a região da bacia doia demais e me disseram que era justamente a mesma se dilatando para segurar o bebê e dar passagem ao mesmo...como tive dores!!!

Eu praticamente não dormi a gravidez toda, eram apenas cochilos, ou desmaios de tão cansada! Me sentia insegura...Chorava por tudo, até com propaganda de bolacha na TV!

Descobri como posso me tornar uma pessoa insuportável!!!

Passei a gravidez deprimida!!! Era muito incômodo!

Tive sem ter nem pra que um forte sangramento...ameaça de aborto que me fez ficar de molho por mais de um mês.

Eu vivia insegura, aquele serzinho crescendo dentro de mim me apavorava e não conseguia enxergar poesia naquilo! Os únicos momentos bons eram na hora da ultra, onde víamos ele se mexer todo e cada vez se formando!!! O estado de graça terminava aí! O resto era para fazer graça aos desafetos, pq era um incômodo só.

Claro que eu amava o filho que crescia em meu ventre...mas, era aquele amor de cuidar para que nada de mal acontecesse a ele!

A partir do quinto mês comecei a ficar toda inchada e meus pés e pernas foram os que mais sofreram...

No fim da gravidez, faltando uma semana para 8 meses tive pré-eclampsia e quase morremos eu e ele!

Por precaução da obstetra que me acompanhava já estava internada na maternidade há 2 semanas e pegaram o pré-eclampsia de pronto e assim nasceu meu segundo filho! Parto de urgência, cesário e ele ainda ficou 10 dias na UTI Neonatal...

Quando o colocaram em meu colo, recém nascido todo melecado por uma gordura branca, só conseguia dizer: "Deus o abençoe" e alisava meio com medo sua testinha.

Hoje sei e tenho convicção que só conseguimos amar nosso filho depois que ele nasceu e começamos a cuidar dele e interagir com ele!

A gravidez em nada tornou Guilherme mais meu filho do que o Henrique. Hoje, eles são dois filhos adoráveis, cada um na sua faixa etária e com diferentes facetas, tb em virtude da personalidade deles como indivíduo!!!

Sim, meu marido que viveu por 14 anos o drama de não me engravidar, depois que a gente quase morre, tratou de fazer vasectomia e me disse com seu jeito meigo: "Se quisermos e tivermos condições de ir atrás da nossa menininha, ela virá adotada! Sabemos que se trata da mesma coisa! É só um meio diferente de chegada dos nossos filhos"!

Lembro que desatei a chorar emocionada e orgulhosa do Homem que meu Guga se tornara!!!

15.11.06


Sou o Paulo
!

Tô chegando gente !!! Dá licença, tô chegando !

Olá gente !

Meu nome é Paulo Roberto, estou completanto 30 anos no dia de hoje, solteiro e filho por adoção. É isso aí, filho por adoção com muito orgulho. Estou chegando a conviteda Glaucia, uma pessoa muito bacana, te opinião forte, contundente para a maioria e que conheci ao anunciar o livro que estou escrevendo.

Escrevo sobre adoção há pouco mais de um ano. Trata-se de um livro que tem como alicérce, depoimentos dos fihos por adoção e demais personagens ecnvolvidas no tema, como por exemplo, pais, mães e profissionais ligados ao tema.

Chego pra somar e auxiliar no que for necessário. Tenho aprendido muito na tomada de depoimentos de pessoas dos mais diversos cantos desse país e também através do GEAAF (Grupode Estudos e Apoio a Adoção de Florianópolis).

É isso aí gente, a partir de agora chego para somar.

MSN: rubronegro1976@hotmail.com

Beijo no coração de todos

14.11.06

Um presente maravilhoso!


Hoje eu recebi um presente muito significativo! Uma surpresa maravilhosa! Emocionante mesmo!

Primeiro que foi totalmente inesperado, vindo de um amigo que eu não vejo há muito tempo!

Segundo que é realmente belo!

Não quero explicar com palavras; vou apenas lhes dizer os elementos para que possam compreender o presente com seus corações: o sorriso é da Quequel, minha filha querida; o desenho é o logotipo do meu projeto social Um Mundo Para Nós em benefício das crianças.

Estou emocionada! Só uma alma grandiosa para representar tão bem a adoção, o amor às crianças, a existência da Raquel em minha vida!

Obrigada, Vitor!

12.11.06

Aumento nas “devoluções” preocupa

Fonte:http://canais.ondarpc.com.br/viverbem/
Autora:ÉRIKA BUSANIerikab@gazetadopovo.com.br

Aumento nas “devoluções” preocupa
O recente aumento na aceitação de crianças maiores para adoção trouxe um problema que preocupa todos os envolvidos no processo, a “devolução” de crianças. “Do ponto de vista emocional a devolução é sentida pela criança como uma reafirmação do trauma da separação – ou rejeição – de sua mãe biológica. Nesses casos, um bloqueio no desenvolvimento psíquico, físico e cognitivo é inevitável”, alerta a psicóloga Sibele Miraglia, que adotou Fábio, 10 anos, há um ano.Mas o que acontece para alguém que se dispõe a passar por um processo, esperar algum tempo – mais curto quando as crianças são maiores – para simplesmente desistir? “Isso é uma sociedade que reproduz o mercado, a cultura do descartável”, afirma a psicóloga Barbara Snizek, que fez um trabalho de pós-graduação sobre adoção. “Para a criança, é catastrófico”, garante.Falta também preparo para esses pretendentes à adoção. “Ter um filho é também agüentar frustração. Entre o sonhado, o ideal, e o que a criança realmente é, há uma distância. Talvez na maioria dos casos não tenha a ver com ser adotado ou não, mas com o fato de que ninguém tem idéia do que é ter um filho”, diz Barbara.“A culpa também é nossa”, assume a psicóloga Andréa Trevisan Guedes Pereira, da Vara da Infância e Juventude – Adoção. “É um processo que está mudando, as pessoas aceitam crianças maiores e estamos fazendo o processo da mesma forma. Elas têm de ser melhor preparadas.”Os técnicos da Vara estão iniciando um projeto para ampliar o trabalho de pré-adoção, colhendo dados com quem já adotou para saber onde estão os problemas. “A idéia é passar a experiência de quem já viveu isso, como a criança costuma se comportar, como sua experiência da vida anterior influencia na adaptação”, conta a assistente social da Vara de Adoção, Salma Mancebo Corrêa.Em Curitiba, os pretendentes à adoção passam por um curso preparatório de três dias. “Enquanto em outros países os adotantes precisam passar por extensos cursos – no mínimo 6 meses – para compreender o processo que envolve uma família por adoção, no Brasil, a maioria dos Juizados nem dispõe de preparação, simplesmente seleciona”, indigna-se a doutora em psicologia Lidia Weber.Talvez falte mesmo para esses pretendentes compreender que a adoção é apenas um outro caminho para se ter um filho. Que, como qualquer criança, traz alegria, tristeza, emoção, dúvida, carinho, faz birra, se suja, desobedece, dá aquele abraço inesperado. É preciso estar aberto para recebê-lo.

5.11.06

Perfil


Saudade desse cantinho...
Ando meio sumida né pessoal? Desculpem viu...mas é que tenho tentado me desligar um pouco dos assuntos de adoção...pois as vezes passo muito nervoso com eles e preciso aprender a ser um pouco mais tolerante, mas não consegui atingir esse estágio de desenvolvimento espiritual ainda...eu chego lá!
Andei lendo e pensando muito nas ultimas semanas sobre adoção consensual e perfil,e embora nunca chegue a conclusão algumas, tem certas idéias que não me abandonam.
Canso de ler relatos e suplicas pedindo a Deus um filho...mas um filho RN, é bom que se diga...um filho RN de preferência do sexo feminino e branco...para ser perfeito!
Mas o que é mesmo a perfeição? O que é mesmo ser mãe? O que é mesmo ser filho?
Nessas horas eu paro e olho para os meus...perfeitos! Lindos! Inteligentes! Amados por todos! Só com coisas boas a dizer sobre eles...e nunca nem lembro que não sairam de mim...ou que não os vi engatinhar, não os vi andar, não vi os primeiros dentes...mas recebo todos os dias um beijos gostoso, muitos abraços, muito s sorrisos...e segundo minha amiga Adriana que passou por todas as fases com o filhotinho dela...isso tudo é o que realmente vale a pena, pois desses outros detalhes no dia-a-dia não dá tempo de lembrar!
Não vim dar receita de bolo nem lição de moral a ninguém , consiência cada um tem a sua e preconceitos também...mas fica aqui uma frase só..SER MÃE É BOM DEMAIS! EM QUALQUER IDADE DE FILHO...SÓ QUEM É ESCOLHIDO POR UM FILHO É QUE SABE!

Beijos
Boa semana
Glau

26.10.06

Muita felicidade ao Henrique!

Ontem ele era apenas mais uma criança entre tantas outras em um abrigo paupérrimo do interior do nordeste...tinha o semblante triste de quem vivia com medo de tudo e de todos...o corpo mal tratado com marcas de violência física, mas os seus olhos espelhavam a violência psicológica que sofrera e ainda sofria...

Hoje, passados 4 anos ele é nosso filho! Nosso Henrique! Como tornou-se desde o dia em que sorriu o sorriso mais lindo que vi na vida! Super saudável e carinhoso! Hoje ele é principalmente uma criança feliz!!! Completou recentemente 6 aninhos de vida e o parabéns foi na escola, simples, mas junto dos seus coleguinhas e a professora muito amada com os quais convive quase todos os dias da semana. O irmão de quase dois anos foi também prestigiá-lo, assim como o primo que sempre o acompanha nas suas aventuras de criança e nós os pais corujas!

Henrique está fazendo Ludoterapia, para melhorar sua atenção, ansiedade e insegurança! Será um processo demorado, mas que já está rendendo frutos maravilhosos. Ele está mais consciente das suas tarefas, obrigações e dos seus direitos...Já argumenta com mais lógica aquilo que quer que seja discutido e não apenas aceito sem entender!

É nosso príncipe poderoso que nos enche de carinho todos os dias e que amamos com todo nosso coração.

Dea.

20.10.06

Sharon Stone: adotou, em 2000, Roan Joseph, depois de vários abortos espontâneos. Em maio de 2005, nasceu – por meio de uma barriga de aluguel – seu segundo menino, Laird Vonne. “Melhor do que ter um filho é ter dois”, comemorou a atriz.


Nicole Kidman: adotou, em 1995, Connor Antony, dez anos, quando ainda estava casada com Tom Cruise, que, por sua vez, já havia adotado Isabelle Jane, 12 anos.


Elba Ramalho: com o marido, Gaetano Lopes, adotaram Maria Clara em 2002. A chegada da pequena foi tão aguardada que Elba, aos 53 anos, chegou a ter sintomas de gravidez. “Tive muitos enjôos”, lembra. Depois, chegou a produzir leite. “Meu peito ficou cheio”, conta.



"A gestação de um filho biológico é algo mágico, mas ser escolhido por um bebê também é. A criança ideal é a que precisa ser adotada", diz Mônica Torres, mãe biológica de Isabel, 19 anos, e adotiva de Francisco, dois. O marido, Marcello Antony, também declara amor imensurável por Francisco. "Adotamos um menino mestiço, com problemas de saúde hoje já superados. Nossa felicidade não poderia ser maior."
FONTE: Revista ISTOÉ edição 1683 - 29-06-2005
Obs.: Amiga Cláu, eu planejei postar aos poucos. Mas não podia deixar de atender seu pedido imediatamente!

19.10.06

Os famosos e seus filhos adotivos

OS FAMOSOS E SEUS FILHOS ADOTIVOS
Angelina Jolie: “Quando eu era pequena, alguém me ensinou o que era um órfão. Fiquei impressionada e me prometi que adotaria um. Encontrei Maddox, três anos, no Camboja. Foi difícil. No início, as autoridades achavam que era um golpe publicitário. Nunca experimentei um amor tão grande. Gostamos de cantar e nossa canção preferida é It must be love (do grupo Madness). Não acredito que uma pessoa que adota uma criança esteja fazendo um favor. Ambos estão começando juntos um caminho maravilhoso.”



O jogador Roberto Carlos adotou o menino em Araras (SP). Na época, Júnior estava doente e precisou passar por uma cirurgia no coração. Agora, é só traquinagens.


"Apesar de o Brasil ter uma população morena, todos querem lourinhas. Na Bahia, 80% são negros, a raça mais bonita do mundo. Não faria sentido adotar uma criança branca", diz ele. Aos 66 anos, safenado recentemente, o humorista fala sério: "Com amor, tudo dá certo."
FONTE: Revista ISTOÉ edição 1683 - 29-06-2005



17.10.06

Pela educação, um vencedor


PELA EDUCAÇÃO, UM VENCEDOR


Filho caçula de uma família pobre da periferia de Belo Horizonte (MG), aos 6 anos, Roberto Carlos Ramos foi matriculado pela mãe na Febem de Minas Gerais. Na época, início dos anos 70, a instituição tinha a proposta de educar as crianças carentes. “Todas as mães queriam colocar seus filhos lá. A Febem era vista como um paraíso”, relata.
Longe dos pais, Roberto passou a fugir do internato. “Eu era apenas um número. Não tinha referências afetivas”. Aos 13 anos, sem contato com a família, já havia fugido 132 vezes e em sua ficha havia delitos como roubos de carteiras e uso de cola de sapateiro e maconha. “Fui considerado um caso irrecuperável”, conta.
Foi então que ele conheceu a pedagoga francesa Marguerit Duvas, que visitava a Febem para realizar uma pesquisa. O menino, que era analfabeto, foi adotado por Marguerit, mas continuou fazendo suas travessuras e chegou a deixar as torneiras da casa abertas, causando uma verdadeira inundação.
Marguerit continuou a dar amor e carinho ao jovem Roberto Carlos, que seguiu com ela para a França, onde foi alfabetizado e retornou ao Brasil para estudar pedagogia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Marguerit morreu quando Roberto Carlos tinha 20 anos. Para superar a morte dela, aos 21, ele adotou seu primeiro filho, um menino de rua, que na época tinha 9 anos. Hoje, com mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Roberto Carlos tem 13 filhos, todos adotivos. O mais velho tem 27 anos e o mais novo, 10.
Roberto Carlos também reencontrou sua família em Belo Horizonte. “Minha mãe sempre diz que sabia que eu seria alguém na vida”.
O pedagogo já lançou vários livros, CDs e DVDs com histórias infanto-juvenis e leva um pouco de sua experiência de vida para pessoas no mundo todo por meio de palestras e cursos. “Procuro mostrar que só é possível vencer pela educação. Com o estudo fazemos nossa história diferente”, enfatiza.
TEXTO: Renata Freitas
PUBLICADO: Correio Popular - Revista Metrópole - 31/7/2005

5.10.06

Homenagem

Este post é uma homenagem ao meu Natan que, no dia 09 desse mês completará seis aninhos de vida. E é uma homenagem a todos que se permitem compartilhar um amor tão incondicional e intenso.



Vamos, pare de chorar
Tudo vai dar certo
Apenas pegue minha mão
Segure forte
Eu te protegerei
De tudo ao seu redor
Eu estarei aqui
Não chore

Para alguém tão pequeno
Você parece tão forte
Meus braços te abraçarão
Manterão você seguro e aquecido
Este laço entre nós
Não pode ser quebrado
Estarei aqui
Não chore

Porque você estará em meu coração
Sim. você estará em meu coração
De hoje em diante
Agora e para sempre
Você estará em meu coração
Não importa o que disserem
Você estará aqui em meu coração, sempre

Por que eles não conseguem entender
A forma como nos sentimos
Eles simplesmente não confiam
Naquilo que não conseguem explicar
Eu sei que somos diferentes mas,
Dentro de nós
Não somos tão diferentes assim

E você estará em meu coração
Sim, você estará em meu coração
De hoje em diante
Agora e para sempre
Não dê ouvidos ao que dizem
porque, o que eles sabem?
Nós precisamos um do outro
Ter um ao outro, abraçar
Eles verão com o tempo
Eu sei

Quando o destino te chama
Você precisa ser forte
Eu poderei não estar com você
Mas você terá que continuar
Eles verão com o tempo
Eu sei
Nós mostraremos a eles juntos

Porque você estará em meu coração
Sim, você estará em meu coração
De hoje em diante
Agora e para sempre
Oh, você estará em meu coração
Não importa o que dizem
Você estará em meu coração, sempre
Sempre...


- Tradução da música You'll be in my heart (Phill Collins) -

3.10.06

A solidariedade de um pequenino


A SOLIDARIEDADE DE UM PEQUENINO

"A sacolinha da minha querida Ana Paula está quase pronta!!! Fiquei tão feliz hoje...pela primeira vez depois de muito tempo visitei a seção feminina infantil para adquirir a sandalhinha a as calcinhas da "barbie" para minha afilhada do dia das crianças!!! rsss Fiquei toda prosa! e meu Henrique perguntou, desconfiado:(até pq ele estava me ajudando segurando os produtos que eu escolhia) "Mainha quem vai usar essa sandália e essas calcinhas pq vc já é grande né?! E agente não é menina!!!" rsss "É para nossa irmãzinha que vai chegar?!" Achei o máximo!!!
Tive que explicar tudinho e não sei se ele entendeu tudo mesmo, mas entendeu que era para enviar para uma amiguinha que estava precisando lá em "San Paulo"!!! rsss.
Ele irá me ajudar a escrever a cartinha para ela tb!!! Irá ditar a mensagem que gostaria de enviar pra ela!!!
É pena fazermos tão pouco e só podermos apadrinhar uma criança! Mas, estou fazendo disso uma lição de como devemos sempre estarmos preparados para ajudar para meu Henrique ir se acostumando com isso! Hoje quando estávamos na loja de departamentos ele teve que deixar as sandálias do super homen que ele queria, para comprarmos os produtos da Ana Paula e ele tirou dos pészinhos as sandálias que havia provado e falou que já tinha as do Batman que estávam muito boas ainda!!! rsss (foi tão gratificante observar o comportamento dele!) "Ela precisa mais não é Mainha?!"
Tá vendo como a Ana Paula, sem saber tá ensinando valores valiosos ao meu Príncipe Poderoso?!
Obrigada amiga por nos proporcionar esses momentos e pq apesar de morarmos em uma região rodeada de miseráveis e crianças muito pobres as quais tentaremos ajudar com o que pudermos para o dia das crianças, natal e todo mês um pouco...sei do valor de se ajudar ao que não está tão próximo e não veremos seus rostos ao receber nossos humildes presentinhos, mas que é tão importante e gratificante quanto!Bom, eu e meus dois filhos, principalmente o mais velhinho de 6 anos estamos apadrinhando uma menininha desse projeto. Está quase tudo pronto e aproveitei a oportunidade para ensinar o meu filho que temos o dever de ajudar aqueles que tem menos que agente! Ele está aprendendo a doar! A ser generoso, embora já seja uma criança super carinhosa e solidária com os demais.
Desta forma, ele passou de criança carente, quando estava em um abrigo muito pobre daqui do nordeste, para ajudar uma outra criança de SP.
Acredito, de coração que essa é uma oportunidade e tanto para mostrar aos nossos filhos que o mundo não gira só em torno do umbiguinho deles! rsss É só sabermos aproveitá-la!"
Depoimento da mamãe do Henrique, nossa amiga Dea

2.10.06

Nova lei de adoção

Pessoal o post é grande mas esclarecedor, vale a leitura! Retirei do site da Cãmara dos Deputados federais...mas fico devendo o link.


Data: 24/11/2005 Tema: Lei Nacional de Adoção Participante: Deputada Teté Bezerra (PMDB-MT)
Confira as perguntas respondidas pela relatora do Projeto de Lei 1756/03, que institui a Lei Nacional de Adoção, deputada Teté Bezerra (PMDB-MT). Para facilitar a leitura, o bate-papo se compõe de quatro blocos: excesso de burocracia, acompanhamento da criança, adoção por homossexuais e adoção internacional.

Excesso de burocracia
(10:02) Gustavo: Em diversos debates promovidos pela Câmara, foi dito que uma nova lei sobre adoção era desnecessária. Qual a necessidade dela?
Deputada: O novo Código Civil tem dispositivos que anulam outros do Estatuto da Criança e do Adolescente. As propostas que estamos examinando ampliam o tratamento da adoção pela lei, inclusive colocando a adoção como um direito da criança.

(10:08) Patricia: Quanto tempo em média uma pessoa leva para adotar uma criança com menos de um ano? E uma criança maior?
Deputada: Não existem dados estatísticos para responder a sua pergunta. Além disso, as adoções são analisadas caso a caso, independentemente da idade da criança.

(10:13) Mari: Por que é tão difícil adotar um criança no Brasil? O sistema é burocrático demais? Quais são as formas de melhorias?
Deputada: Sua pergunta envolve questões complexas, como a informalidade das adoções, que reduz o número de crianças nos juizados; fatores sociais e culturais; e muitos outros. É preciso entender que as exigências legais não podem ser suprimidas, porque elas existem para a segurança e no interesse da própria criança. A burocracia tem um papel e a lei já adota os padrões mínimos de exigências.

(10:32) Pai Adotivo: A senhora tem idéia de quantas crianças estão à espera de adoção hoje no País?
Deputada: Infelizmente, não existem dados estatísticos a esse respeito.

(10:35) Pai Adotivo: Talvez fosse importante pesquisar e elaborar uma estimativa a respeito disso.
Deputada: Concordo. Acredito que o Poder Executivo, em parceria com o Judiciário, por meio das Varas de Infância e Juventude, poderiam realizar essas pesquisas.

(10:36) Pai Adotivo: O que leva essas crianças aos abrigos? Elas são abandonadas pelos pais? São órfãs? São muito pobres?
Deputada: Existem vários motivos que levam as crianças aos abrigos, entre os quais esses que você citou. Cada criança tem uma história particular. 85% delas, porém, segundo dados do Ipea, chegam lá por problemas sócio-econômicos. Um exemplo são as mães chefes-de-família que trabalham como empregadas domésticas e são obrigadas a residir no local do trabalho. Outro é a falta de projetos na área de habitação popular. Desemprego dos pais, desestruturação familiar e outros motivos, como a violência doméstica, também contribuem para engrossar as estatísticas.

(10:42) Pai Adotivo: Quais são os maiores obstáculos para quem quer adotar? E quais são as dificuldades para quem espera ser adotado?
Deputada: Geralmente, as maiores dificuldades para quem pretende adotar se referem ao tempo de espera de uma criança com as características que a família deseja. Para a criança que espera adoção, a maior dificuldade consiste, talvez, no tempo em que ela fica na casa-abrigo até que a declaração da perda do poder familiar aconteça e até que uma família se interesse por ela.

(10:44) JUAREZ: Em minha opinião, a Justiça deveria ser mais rápida na tramitação do processo.
Deputada: O substitutivo pretende contemplar prazos programáticos mais curtos para a manifestação do Ministério Público e para a ação de adoção.

(10:49) Antonio: Como poderia ser agilizado o tempo em que a criança espera a declaração da perda do poder familiar e que uma família se interesse por ela?
Deputada: Através do cadastro nacional. Além disso, a proposta institui o estágio de convivência, que precederá a adoção. Esse prazo será estabelecido pela autoridade judiciária, observando as peculiaridades de cada caso.

(10:18) Elli: Os juizados se ressentem da falta de pessoal e mal conseguem dar conta das poucas adoções legais que hoje existem. Uma nova lei vai resolver esse tipo de problema?
Deputada: Isso não é um problema de legislação. É um problema do Poder Judiciário e de sua dotação orçamentária e aplicação de recursos.

(10:05) Elli: Os abrigos para crianças estão cheios, mas poucas estão disponíveis para adoção. Parece que os juizados ficam anos tentando reinserir crianças em suas famílias, que não as querem ou não podem cuidar delas, até que ficam "velhas" para adoção. A nova lei pode resolver esse problema?
Deputada: A partir do momento em que se tem consciência de que 85% das crianças estão em casas-abrigo por problemas sociais e econômicos, as ações vão ficar voltadas para as que não têm mais vínculo biológico com suas famílias, através de equipes multidisciplinares. Acreditamos que isso possa, sim, acelerar o processo de adoção.

(10:12) Elli: Muitas crianças são deixadas em abrigos, mas a Justiça reluta em quebrar o pátrio poder. A lei não poderia facilitar essa quebra?
Deputada: O substitutivo vai encontrar uma redação equilibrada, tomando todo o cuidado para não deixar a criança vulnerável e dando oportunidade para que o juiz possa analisar caso a caso.

Acompanhamento da criança
(10:34) José: O projeto prevê o acompanhamento periódico da família que adotou a criança, para verificar se o ambiente em que ela foi inserida é adequado e se ela está recebendo a devida atenção?
Deputada: O que a lei faz é tratar o filho adotivo como qualquer outro filho. Normalmente, os pais biológicos não são sujeitos a acompanhamento judicial, então os pais adotivos também não podem ser.

(10:38) Rosana: Em relação ao questionamento do José, creio que a lei deveria fiscalizar, sim, os pais adotivos, independentemente da fiscalização dos pais biológicos.
Deputada: A Constituição proíbe explicitamente a distinção do tratamento entre filhos adotivos e biológicos. Assim, uma legislação que mandasse fiscalizar apenas pais adotivos seria absolutamente inconstitucional.

(10:40) Rosana: Corrigindo: fiscalizar, não. Acompanhar judicialmente.
Deputada: Uma vez concedida a adoção, o processo se extingue e o Judiciário não tem mais atividade possível no caso. Mas qualquer tipo de irregularidade ou abuso será fiscalizado pelas autoridades competentes, como o abuso contra qualquer outra criança.

(10:55) Salete Silva: A realidade mais comum é que uma criança é tirada da família de origem por maus tratos, muitas vezes conseqüentes da condição social. Passam uns dois anos na tentativa de recuperar a família e reintegrar a criança, o que não acontece. A mãe fica grávida nesse período, entrega mais dois ou três filhos até que a Justiça decida pela destituição do pátrio poder. Aí, o juiz não separa irmãos e é difícil encontrar lar para mais de duas crianças. Como acabar com essa situação, que é a mais comum nos abrigos?
Deputada: Essa questão não pode ser enfrentada pela lei. É uma questão fática que deve ser analisada e resolvida pelo juiz, caso a caso. Nada impede um juiz de decretar a perda do poder familiar em caso de maus tratos. Sobre os irmãos, creio que a grande dificuldade seja haver uma família adotante com disponibilidade econômica e afetiva para acolher três crianças de uma vez.

(10:08) Gustavo: A nova lei pode reduzir o número de "adoções à brasileira" (pegar uma criança para criar) e aumentar o número de adoções via Juizado de Menores?
Deputada: Cremos que uma lei aperfeiçoada e uma maior eficiência no trabalho dos juizados corresponderá à diminuição da informalidade. Certamente isso já ocorre hoje e, com a nova lei, a tendência é ampliar-se ainda mais a eficácia.

(10:12) Gustavo: Mas a nova lei vai tratar do caso de pessoas que encontram crianças sem intermediação do juizado e querem adotá-las?
Deputada: na legislação atual já existe a possibilidade de a pessoa apresentar a criança ao juizado, pedindo diretamente a adoção. Os projetos não pretendem suprimir essa possibilidade.

(10:22) Ana Salete: Não conheço o projeto na íntegra. Ele prevê a adoção consensual em todo o território nacional? Hoje, em estados como São Paulo, boa parte dos juízes não aceita esse tipo de adoção. Muitos casais tiveram a infelicidade de ver seus filhos arrancados de dentro de casa depois de 40 dias de convivência, e mandados para o abrigo. Após um ano e meio de tentativas, a reabilitação da família não aconteceu. Sabemos que um dia de abrigo faz muita diferença na vida de uma criança. Como o projeto resolve essa situação?

Deputada: O que é, para você, adoção consensual?
(10:28) Ana Salete: É aquela em que os pais biológicos entregam a criança para uma determinada pessoa ou casal, juntamente com uma declaração passando a guarda e o registro de nascimento. Os adotantes, então, entram com o pedido de adoção.
Deputada: É um princípio constitucional, que inspira todo o Estatuto da Criança e do Adolescente, que a criança tem o direito inalienável de ser mantida na família biológica. Esse princípio obedece a definição constitucional de família e não pode ser contrariado pela legislação ordinária. Não se pretende modificar essa situação na nova lei. Embora pareça injusto para o casal que pretendia adotar e perde a criança, o que importa é o interesse dessa criança.

(10:17) Cida: Essa nova legislação abordará como será a divulgação da mesma?
Deputada: A divulgação de uma lei normalmente não consta do texto da própria lei. Mas o fato de não haver previsão não impede que as novas regras sejam divulgadas para o conhecimento de todos. Aliás, isso é necessário e desejável.

(10:32) Juarez: Existe a possibilidade de este projeto ser votado ainda neste ano?
Deputada: Não, em função dos prazos regimentais, que têm de ser cumpridos na tramitação.

Adoção por homossexuais
(10:16) Antonio: Qual a opinião da senhora quanto à adoção de crianças por homossexuais? Eu sou contra, uma vez que acredito que isso influencia a criança.
(10:16) Gustavo: Parece que a nova lei não prevê a adoção de crianças por casais homossexuais. A senhora pretende incluir essa possibilidade em seu relatório?
Deputada: Gustavo e Antônio, a proposta do deputado João Matos acompanha a legislação atual. Por não termos ainda o substitutivo concluído e por estarmos ainda discutindo com os membros da comissão, precisamos finalizar essa etapa para que o substitutivo possa trazer a sua posição final. A legislação atual não proíbe que pessoas solteiras, independentemente de sua orientação sexual, adotem crianças.

(10:22) Gustavo: É sabido que a adoção por casais homossexuais causa polêmica. Muitos são contra e os que são a favor dizem que a criança necessita da convivência familiar, mesmo que os pais adotivos sejam homossexuais. A senhora concorda?
Deputada: A comissão ouviu muitas famílias e juízes que são a favor da adoção sem questionar a orientação sexual dos adotantes. A questão é delicada, mas, considerando-se que na história da legislação brasileira nunca se proibiu esse tipo de adoção e nunca se verificou socialmente que tal situação conduza a problemas, parece-nos que a realidade social afirma que esse tipo de adoção não é diferente de nenhum outro.

(10:27) Gustavo: Pessoas solteiras podem adotar crianças, mas nada impede que esse pai ou essa mãe adotiva seja homossexual. Nesse caso, a criança conviveria não só com aquele que o adotou, mas também com o parceiro de seu pai ou mãe. A lei estaria fechando os olhos para essa situação?
Deputada: Esse é o grande problema de a lei não tratar da adoção por casais homoafetivos. Em caso de separação, é injusta a situação daquele que não adotou legalmente a criança, embora tenha exercido o papel de pai ou mãe.

Adoção internacional
(10:28) Antonio: A nova lei criará maiores restrições às adoções internacionais?
Deputada: Existe um decreto-presidencial (5491/05) que regulamenta a atuação de organismos estrangeiros e nacionais de adoção internacional. Acredito ser imprescindível cumprirmos o Tratado de Haia, do qual o Brasil é signatário e que regulamenta a adoção internacional.
Elli: O projeto de lei prevê regras para adoção internacional. Parece que crianças brasileiras só poderão sair do País se não houver mais possibilidade aqui. Qual é o objetivo dessa restrição? A adoção internacional não resolveria o drama de muitas crianças que vivem em abrigos?
Deputada: Pretendemos que se esgotem as possibilidades de adoção por brasileiros para que se permita a adoção internacional. É justo que a criança permaneça em seu país e cultura de origem, se isso for possível.

(10:36) Antonio: Por que não facilitar a adoção internacional?
Deputada: É um princípio de direito internacional privilegiar os naturais do país de origem. Como sabemos, abundam as filas de pretendentes brasileiros à adoção. Então, se há tantas filas, para que facilitar a adoção internacional? O substitutivo ao projeto de lei estabelece um cadastro nacional de adotantes e crianças, que será coordenado pela autoridade central administrativa federal. Acho que isso agilizará todos os processos de adoção, não especificamente os casos de adoção internacional. O tempo da criança é diferente do tempo de um adulto.

(10:47) Alexandre Vasconcelos: Creio que a adoção internacional dificulta qualquer averiguação do que se passa com a criança, não só pelos pais biológicos como também por outros brasileiros, o que dificulta apurar os casos de maus tratos. Por isso acho louvável que o projeto dê preferencia a pais adotivos brasileiros.
Deputada: Esses são os maiores motivos pelos quais nossa decisão é no sentido de tornar a adoção internacional uma exceção, só admitida quando não houver pretendentes brasileiros.

(10:13) Cida: Recentemente, vi uma série de reportagem na TV Alemã DWTV sobre como funciona o processo de adoção em vários países, inclusive na Alemanha. Aqui no Brasil há alguma iniciativa dessa natureza, ou seja, mostrar de forma simples, na televisão, como adotar uma criança?
Deputada: Acho que a imprensa tem, de uma maneira tímida, apresentado a adoção como um ato de amor e de solidariedade. Acredito que poderia ousar mais, aprofundando a discussão.

(10:47) Alexandre Vasconcelo: Creio que a adoção internacional dificulta qualquer averiguação
do que se passa com a criança não só pelos pais biológicos como também por outros brasileiros, o que dificulta apurar os casos de maus tratos. Por isso acho louvavel que o PL dê preferencia a pais adotivos brasileiros.
Deputada: Com certeza, esse acompanhamento das crianças será dificultado nos países que não subscreveram o tratado da Convenção Relativa à Proteção das Crianças. Nossas crianças podem correr o risco de não ter acesso aos programas sociais que esses países adotam para os seus cidadãos.

(10:53) Antonio: Parabéns pelo projeto, deputada. Desejo-lhe sucesso e que Deus a abençoe.
Deputada: Obrigada, Antônio. Esperamos que toda essa discussão e o projeto de lei possam preservar nossas crianças e lhes dar um lar e uma família. A adoção é um ato de amor.

(11:06) Salete: Obrigada pelas respostas, deputada. Minha maior torcida é para que seja implantada no País uma lei que realmente funcione em benefício dos adotantes, mas em especial das crianças que precisam do lar. Boa sorte em seu projeto.
Deputada: A criança tem de ser o objetivo principal no processo de adoção. Está superado aquele conceito de que famílias têm de adotar para suprir uma necessidade afetiva. O novo conceito é que cada criança tem o direito de ter uma família. "Falta calor, aquele calor de parente. Nem sei direito, nunca tive nenhum parente, nenhunzinho. O que eu sinto falta mesmo é de uma mãe". Essa declaração é de Adjackson, 12 anos de vida e 12 anos de abrigo.