Estamos vivendo a experiência da regressão, uma fase comum na adoção tardia. A Thamires (8 anos e 7 meses) quis porque quis uma chupeta; insistiu nessa idéia várias vezes. No domingo, estávamos numa loja de brinquedos, ela viu a chupeta e pediu de novo. Minha mãe estava junto e resolveu comprar para ela.
O Davi (7 anos e 5 meses) e a Raquel (10 anos e 4 meses) quiseram uma mamadeira. Agora eles querem tomar mamadeira toda noite, no colinho da mamãe e do papai, igual bebê.
A Thamires experimentou a mamadeira uma vez, engasgou e não quis mais, mas dorme com a chupeta. Hoje ela queria levar a chupeta para a escola de qualquer jeito, sem nem se importar se os outros iam debochar dela, mas eu não deixei.
No início da sua adaptação, a Quelzinha, com 7 anos e 4 meses, teve muita curiosidade sobre meu corpo, principalmente meus seios. Acabou se contentando em brincar com as mãos, coisa que faz até hoje. A Thamires foi logo imitando a Quel. O Davi demorou um pouco, mas também já matou a curiosidade.
A Thata e o Davi nunca fizeram xixi na cama, mas a Quel...muitas vezes no começo.
“Geralmente, a criança adotada tardiamente vive um processo psíquico de regressão. Ela se reporta ao estado imaginário de recém-nascido e vive uma espécie de segundo nascimento, a partir do qual ela pode percorrer de novo seu desenvolvimento e até resolver melhor as fases da constituição do ego.A fase mais regressiva do processo de adoção tardia é a fantasia de reinclusão no corpo maternal. O “fantasma intra-uterino” leva a criança a buscar, através do contato corporal pele a pele,boca a boca, a realização do desejo de se reintroduzir no corpo materno, de voltar a viver na barriga da mãe( no caso, de habitar pela primeira vez). O desejo de renascer da barriga desta mãe é um ponto importante na identificação do processo de filiação que a criança, começa a estabelecer com as novas figuras parentais.” - Rosa Pires Aquino – Psicóloga/Coordenadora Projeto Padrinho
“É comum crianças em idades avançadas perderem temporariamente o controle dos esfíncteres, voltarem às mamadeiras, às chupetas.
Essa regressão é vista como muito positiva pela psicologia pois simbolicamente a criança renasce para a vida nova.” - Adriane Albuquerque Cirelli - Pedagoga, Psicopedagoga Clínica e Hospitalar
O Davi (7 anos e 5 meses) e a Raquel (10 anos e 4 meses) quiseram uma mamadeira. Agora eles querem tomar mamadeira toda noite, no colinho da mamãe e do papai, igual bebê.
A Thamires experimentou a mamadeira uma vez, engasgou e não quis mais, mas dorme com a chupeta. Hoje ela queria levar a chupeta para a escola de qualquer jeito, sem nem se importar se os outros iam debochar dela, mas eu não deixei.
No início da sua adaptação, a Quelzinha, com 7 anos e 4 meses, teve muita curiosidade sobre meu corpo, principalmente meus seios. Acabou se contentando em brincar com as mãos, coisa que faz até hoje. A Thamires foi logo imitando a Quel. O Davi demorou um pouco, mas também já matou a curiosidade.
A Thata e o Davi nunca fizeram xixi na cama, mas a Quel...muitas vezes no começo.
“Geralmente, a criança adotada tardiamente vive um processo psíquico de regressão. Ela se reporta ao estado imaginário de recém-nascido e vive uma espécie de segundo nascimento, a partir do qual ela pode percorrer de novo seu desenvolvimento e até resolver melhor as fases da constituição do ego.A fase mais regressiva do processo de adoção tardia é a fantasia de reinclusão no corpo maternal. O “fantasma intra-uterino” leva a criança a buscar, através do contato corporal pele a pele,boca a boca, a realização do desejo de se reintroduzir no corpo materno, de voltar a viver na barriga da mãe( no caso, de habitar pela primeira vez). O desejo de renascer da barriga desta mãe é um ponto importante na identificação do processo de filiação que a criança, começa a estabelecer com as novas figuras parentais.” - Rosa Pires Aquino – Psicóloga/Coordenadora Projeto Padrinho
“É comum crianças em idades avançadas perderem temporariamente o controle dos esfíncteres, voltarem às mamadeiras, às chupetas.
Essa regressão é vista como muito positiva pela psicologia pois simbolicamente a criança renasce para a vida nova.” - Adriane Albuquerque Cirelli - Pedagoga, Psicopedagoga Clínica e Hospitalar
9 comentários:
Oi Clau, nosssa eles cresceram e estão linnddoos. Olha amiga, excelente texto viu..desconhecia completamente esta fase de regressão abordada pela pedagoda. Parabéns e tenho certeza de que vc conduzirá esta situação da melhor maneira possível. Adorei quando ela cita que as crianças " renascem para a vida".. Parabéns e boa sorte
OI Cá, que saudades de vc e da Quequel.
Vi a foto dela, que linda ela está e que rostinho mais feliz.
Parabéns viu!
Bjos e fiquem com DEus.
O Raphael adorava e adora um colo, a Déborah depois que fomos morar na Alemanha e ela quis ficar no Brasil encheu o quarto dela outra vez de bonecos de pelúcia, sendo que havia jogado um monte fora fazia a´penas uns meses.
Dei uma bronca nela ela estava com 20 anos)e a fiz ver que havia ficado por opção própria e que não tinha sido abandonada e a coisa melhorou.
Mas é assim mesmo, eles tem uma regressãozinha de vez em quando.
Beijos
Muito bom esse texto! Eu visualizei perfeitamente a situação. Realmente é um renascimento. Acredito que essa regressão só traz benefícios, pois as crianças institucionalizadas não viveram completamente algumas fazes ou até mesmo não as viveram. É um renascimento! Um lindo renascimento!
Oi Cá!
Amigaaaaaaaa! vc sempre com compartilhares fantásticos.
Tem dias que estou pensando em vc!
com a sua turminha e acima d tudo,quantos devem estar lhe dizendo que vc é "MALUKA"rssss, pois assim muitos me dizem até hj acredita isto? más nós sabemos o quanto estes filhos são nossos.
Olha!perfeito!o seu post,eu vivi isto com a minha filha e esta semana cmpartilhando com uma AS, de uma comarca falamos exatamente isto, o que é perfeitamente normal, e no acolhimento e aconchego paternal e maternal, se dará o limite por ambos pais e filhos.Bjo pró seu coração.Xuxexuuuuuuuu prá família.Bye Bye
Katia Figueredo disse...
Olá Cá...Eu estou a 40 dias com minha Pietra, ela tem 01 ano e 08 meses, acho q é ainda um bb. Qdo eu me deito, ela mesmo abre as minhas pernas e tenta de todo jeito enfiar a cabeça tipo querendo entrar na minha vagina, acho muito engraçado...Não sei se existe um tipo de memória, ou se é apenas uma brincadeira...mas percebo q ela sempre quer ficar acolhida "dentro" da gente, até com com pai ela faz a mesma coisa, pressionando os testiculos dele com a cabeça, coitado, rs!!! Adorei o texto e pq nao voltar um pouquinho, acho q nao tem nada de mais, o importante é q eles cresçam saudaveis e felizes né! Beijos!!!
OLÁ GUERREIRA, TENHO CERTEZA DE QUE TUDO ISSO PASSARÁ, TALVEZ QUANDO LER ESTA MENSAGEM ISSO TUDO JÁ TENHA TERMINDAO E VOCÊS ESTEJAM VIVENDO UMA LINDA RELAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS. NA ADOÇÃO TARDIA ESSA FASE É PERFEITAMENTE NATURAL, POIS A CRIANÇA OU O ADOLESCENTE SENTE A NECESSIDADE DE ESTAR MAIS LIGADO À PESSOA QUE O ADOTOU. ISSO É UMA FORMA DE "ESQUENTAR" .
A ADOÇÃO É PARA MIM UMA FORMA DE AMAR E SER AMADO. COSTUMO DIZER QUE PAIS ADOTIVOS, SÃO PAIS "QUÍMICOS" ... ALGO QUE FOI PREPARADO, DOSADO E FINALMENTE PRONTO PARA O AMOR. UM DOS MAIS VERDADEIROS TIPOS DE AMOR: A ADOÇÃO.
PARABÉNS, SERÃO SEMPRE FELIZES.
LUMASA, 2007 - RIO DE JANEIRO
meu filho chegou a pouco mais de 2 meses ,ele tem 10 anos porém tem medo do escuro , moramos em um sobrado e ele tem medo de ir escovar os dentes ou tomar banho sem q estejamos no andar de cima tmb. Ele não dorme sozinho e nem de luz apagada,chega a chorar de medo de ficar no seu quarto sozinho mesmo com a luz acessa . Isso seria algum tipo de regressão?
Meu filho veio morar comigo nondian08 de agosto. Deixei dormir comigo umas vezes e estava virando rotina e tb virando rotina acordar irritada e passar o dia todo de mau humor e nem querer saber de contato mais tarde. Aí fui ler um texto q falava q temos q ter paciência e .... fui deixando e tidos só piorando. O complexo de Edipo e a minha irritação constante só aumentando.
Conversei com ele q só dormirá uma vez por semana comigo e tudo foi melhorando. Eis q ele começa a ter atitudes claramente de regressão e eu não sei mais como ser carinhosa diante de tantas atitudes de bebê. Derramar coisas q ele conseguia manipular, se sujar de mais na escola e voltar com um uniforme "azul escuro" visivelmente sujo. Só falar que ele consegue brincar sem se sujar tanto, mostrar como está diferente da roupa limpa q ele irá usar no dia seguinte, por exemplo, evitar compará-lo com as outras crianças, não está adiantando. Tudo o q ele fala é: "eu sei" para qualquer chamada de atenção. Não sei o q fazer mais.
Postar um comentário