1.9.06

Trabalho Infantil




Quando a gente põe um chiclete na boca, não imagina que a história pode ter começado nas mãos dessas crianças, muitas vezes feridas pelo ácido. Quando alguém toma um gostoso cafezinho, nem pensa que a história pode ter tido seu início em um dos sacos pesados de café que alguma criança ajudou a colher. Quando adoça esse mesmo café, também não calcula o esforço imenso que muitas crianças devem ter feito para cortar a cana que originou o açúcar.
O trabalho infantil é uma das formas mais cruéis de se negar o futuro ao ser humano, pois a criança deixa de estudar. No mundo todo há 250 milhões de crianças trabalhadoras, 56% meninos e 44% meninas, a maioria na agricultura. Apesar de oficialmente proibido pelo estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, o trabalho infantil é ainda uma triste realidade no Brasil. São 2,8 milhões de pequenos brasileiros entre 5 e 14 anos e 3,6 milhões de jovens entre 15 e 17 anos que desconhecem a educação e o lazer, trabalhando no lixão, nos canaviais, nas plantações de café, tomate e de sisal, na extração da resina dos pinheiros, nas florestas de babaçu, na lavra do granito, nas olarias, nos garimpos, nas carvoarias, na indústria, nos serviços domésticos ou nas ruas (vendedores, engraxates, guardadores de carro, carregadores, catadores de papel), inclusive na prostituição. Os pequeninos brasileiros abandonam a escola cedo, e os que a freqüentam têm baixo aproveitamento devido ao cansaço. Mais da metade não recebe nada pelo que faz, apenas engrossa o ganho familiar.



Denuncie!

0800-99-0500 contra exploração sexual de crianças e jovens

Programa Empresa Amiga da Criança www.fundabrinq.org.br/peac

Ministério Público - 0800 11 1616

Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil – Esplanada dos Ministérios, bl T, 2º andar, anexo II, sala 222, Ministério da Justiça, CEP 70 064 – 901, Brasília – DF (61) 429 – 3880/3921

"Trabalho infantil doméstico: não leve essa idéia para dentro de sua casa!" - slogan da agência publicitária McCann-Erickson, 2003

2 comentários:

Fernando disse...

De onde tirou esses dados todos? Adorei o texto mas preciso de uma fonte.

Fernando disse...

Qualquer coisa, me envia um e-mail: fernando._.fsb@hotmail.com