Hoje à tarde me deparei com a revista Pais e Filhos deste mês e me encantei com a capa. A manchete principal dizia: “Adote seu filho. O laço de amor que une pais e filhos, biológicos ou não, é construído no dia-a-dia”. Eu sempre pensei assim: FILHO, amado e reconhecido como tal, precisa ser adotado por seu pai e sua mãe, sejam estes biológicos ou não, ou a maternagem/paternagem não se efetiva. Quem não conhece mães biológicas que não adotaram seus filhos e hoje os arrasta pela vida como fardos ou simplesmente os largam por aí? Não tenho dúvidas que o que faz de uma mulher mãe é a construção de amor do dia a dia que ela estabelece com seu filho. Por isso, quando minha filha biológica chora querendo apenas o meu colo, sei que se após seu nascimento a tivessem entregue a outra mulher que a amasse com o amor de mãe que eu a amo, hoje seriam seus braços que ela pediria chorando. E isso não me diminui, pelo contrário, engrandece, pois mostra que minha filha me ama porque eu a conquistei no nosso dia-a-dia, e não por uma imposição da natureza. Bem, recomendo a leitura, e deixo aqui os trechos que mais gostei.
“A gente precisa adotar até mesmo aquele bebê que carregamos na barriga por nove meses”
“Acreditamos que, independentemente da forma com que a criança se torna parte da família, todo pai e toda mãe passam por um processo de aceitação e reconhecimento do filho. E a criança não é parte passiva da história, não. A maneira como ela se comporta contribui para fazer daquela mulher sua mãe e daquele homem seu pai. Uma relação de mão dupla. Mas que cabe a nós, adultos, entender e pilotar”
“Mas, óbvio, a fantasia não é como a realidade. E a criança imaginada nunca é exatamente igual à esperada pela família. O problema é que ela pode ser muito mais legal e a gente não estar vendo. Aí é que mora o problema: descobrir a beleza do diferente. Amar é isso. Entender que o filho é outra pessoa e não uma continuação simplificada e idealizada dos pais”
“‘Algumas pessoas ainda estão presas aos fatores genéticos. Mas não se pode colocar na conta da adoção dificuldades comuns a todas as crianças. Tanto filhos biológicos quanto adotivos são, inicialmente, estranhos para os pais. Só a convivência e a observação levarão ao conhecimento do outro’, afirma Luiz Schettini”
“A gente precisa adotar até mesmo aquele bebê que carregamos na barriga por nove meses”
“Acreditamos que, independentemente da forma com que a criança se torna parte da família, todo pai e toda mãe passam por um processo de aceitação e reconhecimento do filho. E a criança não é parte passiva da história, não. A maneira como ela se comporta contribui para fazer daquela mulher sua mãe e daquele homem seu pai. Uma relação de mão dupla. Mas que cabe a nós, adultos, entender e pilotar”
“Mas, óbvio, a fantasia não é como a realidade. E a criança imaginada nunca é exatamente igual à esperada pela família. O problema é que ela pode ser muito mais legal e a gente não estar vendo. Aí é que mora o problema: descobrir a beleza do diferente. Amar é isso. Entender que o filho é outra pessoa e não uma continuação simplificada e idealizada dos pais”
“‘Algumas pessoas ainda estão presas aos fatores genéticos. Mas não se pode colocar na conta da adoção dificuldades comuns a todas as crianças. Tanto filhos biológicos quanto adotivos são, inicialmente, estranhos para os pais. Só a convivência e a observação levarão ao conhecimento do outro’, afirma Luiz Schettini”
Texto escrito por Mirtes Cavalcante em 16.julho
Um comentário:
Concordo com você. Acredito que o laço "químico" seja maior que o biológio. Quero dizer com isso que o amor entre pais e filhos, sejam eles biológicos ou não, devem ser construídos a cada dia. Assim também como a amizade, o afeto, o respeito. Fazer com que role aquela "química" na relação e com isso um grande futuro de cumplicidade entre pais e filhos: biológicos ou não.
Portanto, pais e filhos adotem-se como verdadeiros pais e verdadeiros filhos.
LUMASA, 2007 - RIO DE JANEIRO
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