20.12.11

Um oi rápido e algumas dicas...

Olá a todos que nos leem, que passam por aqui e comentam...

Tenham certeza de que todos os comentários são lidos, mas infelizmente na correria do dia a dia o momento para a resposta se perde... mas vou procurar remediar isso estando mais presente neste cantinho em 2012.


Em primeiro lugar, gostaria de esclarecer que a Carla  Penteado, batalhadora incansável da adoção especial, não é colaboradora deste blog. Pra entrar em contato com ela, melhor tentar através da comunidade que ela possui no orkut.

Em segundo lugar gostaria de levar uma palavra de esperança pra vc que está aí na sua casa pensando que sua vez nunca chegará... existe um momento certo para tudo nesta vida... se as coisas ainda não aconteceram, quem sabe não cabe a vc batalhar ainda um poquinho mais?  Frequentar um grupo de apoio, conversar no Fórum, abrir um tantinho mais seu coração...

Seu momento vai chegar, muito antes do que vc espera...

Bjs e até  mais

Adriana

20.8.11

Como aumentar a auto estima de seu filho?




Uma característica marcante, infelizmente, presente nas crianças por muito tempo abrigadas, é a baixa estima.
Uma forma de integrá-las na nova vida e lhes abrir novas possibilidades é, sem dúvida, trabalhar a auto estima; razão pela qual eu imediatamente lembrei deste espaço quando me deparei, aqui, com este texto



"A auto-estima é um ingrediente importante para uma vida feliz e bem-sucedida. A pessoa pode ser abençoada com inteligência e talento, mas se carece de auto-estima, este pode ser um obstáculo em ter sucesso num emprego, num relacionamento e praticamente em todas as áreas da vida.

Os primeiros anos de uma criança são o alicerce para uma auto-estima positiva.

Como pais, não podemos controlar tudo que nosso filho vê, ouve ou pensa, e que contribuirá para sua auto-imagem. Porém há muito que podemos fazer.

Temos a criança nos primeiros anos de vida; Deus nos deu um presente especial – um novo ser humano com uma "lousa em branco". Durante os primeiros anos, aquilo que passa pela cabeça da criança a deixa muito impressionada. Os pais, portanto, têm uma oportunidade de estabelecer uma "conta bancária de auto-estima" na qual a criança armazena muitas coisas positivas sobre si mesma. Nos anos e décadas que virão, esta "conta bancária" compensará as experiências negativas, que são inevitáveis.

Como então fazemos depósitos na conta de nosso filho? Como podemos nós, os pais, construir para a auto-estima de nosso filho? Aqui estão algumas sugestões:


1. Demonstre amor e afeição. Tudo que fazemos com nossos filhos, desde a mais tenra infância, deve ser com afeição e amor. Um bebê tratado com carinho terá um sentimento subconsciente de que é valioso e importante o suficiente para ser amado.

2. Elogie seu filho. Faça elogios ao seu filho sempre que possível, toda vez que ele fizer algo bem feito. Diga: "Estou orgulhoso de você. Você é muito especial. Gostei da sua maneira de fazer isto."

3. Torne seus elogios críveis. É importante, no entanto, que ele acredite nos elogios. Frases exageradas como "Você é o melhor do mundo. Você é a pessoa melhor que já existiu" podem na verdade ser contra-produtivos. A criança desenvolverá um ego inflado, e isso pode afetar seu relacionamento com os amigos, o que a longo prazo terá um efeito negativo sobre sua auto-estima.

4. Estabeleça metas para seu filho. A meta deve ser algo passível de atingir – vestir-se sozinho, conseguir uma determinada nota na próxima prova escolar. Estabeleça metas que sejam apropriadas para a idade e capacidade da criança (estabelecer um objetivo inatingível terá um efeito negativo). À medida que a criança se aproxima da meta, estimule-a e elogie cada sucesso ao longo do caminho. Quando a criança atinge a meta, cumprimente-a e reforce sua auto-imagem como realizadora.

5. Critique a ação, não a pessoa. Quando a criança faz algo negativo, diga: "Você é uma criança especial e muito boa, não deveria estar fazendo isso", em vez de dizer "Você é mau".

6. Confirme os sentimentos do seu filho. Quando seu filho recebe um golpe na sua auto-estima, é importante validar seus sentimentos. Por exemplo, se a criança se ofendeu com um comentário maldoso de um amigo ou professor, diga a ela: "Sim, você ficou ofendida por aquilo que a pessoa disse" ou "Você se ofendeu com o fato de que a outra pessoa não gosta de você". Somente depois que a criança sentir que seus sentimentos foram validados, ela se abrirá, permitindo que você lhe aumente a auto-estima, apontando pessoas que gostam dela, e as coisas positivas que outros disseram a respeito dela.

7. Tenha orgulho do seu filho. De maneira regular, você deve lembrar-se de dizer ao seu filho como você se sente feliz e orgulhoso por ser pai/mãe dele.

8. Fale positivamente sobre seu filho na presença de pessoas importantes na vida dele, como avós, professores, amigos, etc.

9. Nunca compare seu filho com outras crianças, dizendo: "Por que você não é como Carlinhos?" Quando esse tipo de comparação for feita por outras pessoas, diga ao seu filho que ele é especial e único à sua maneira.

10. Assegure que outras pessoas que lidam com seu filho conheçam seus pontos positivos. No início do ano escolar, fale com os professores de seu filho e diga-lhes quais são seus pontos fortes, assim a professora terá uma atitude positiva neste aspecto e continuará a reforçar aqueles pontos fortes.

11. Diga ao seu filho, sempre, que o ama incondicionalmente. Quando eles falham, ou fazem algo errado, lembre-se de dizer: "Você é especial para mim, e sempre o amarei, não importa o que aconteça
!"

12. Cuide de sua própria auto-estima. Você precisa enxergar-se sob uma luz positiva. Pais que não têm auto-estima terão dificuldades em criar um filho com uma elevada auto-estima. Um pai positivo é aquele que sabe que não é perfeito, mas se valoriza, e está sempre tentando crescer e melhorar.


texto retirado do site http://www.chabad.org.br

11.8.11

Desafios da Adoção Tardia

A psicóloga Marlizete Maldonado Vargas, professora da Universidade Tiradentes, em Alagoas, não tem filhos adotivos, mas acompanha de perto, desde a década de 90, a situação de crianças em abrigos. É autora de Adoção tardia - da família sonhada à família possível e, nesse ano [2010], publicará um novo livro, sobre a experiência de acompanhar, durante 16 anos, quatro jovens que viviam em abrigos. "Hoje, a maioria está integrada e nem lembra que foi adotada aos três ou quatro anos de idade. São filhos. Ponto". Marlizete falou à CRESCER sobre o processo de adoção tardia.


CRESCER: Como a família pode se preparar para uma adoção tardia?
Marlizete Vargas:
Informando-se através de sites, participando de grupos de discussão em vários blogs que possibilitam a troca de experiências. Mas, antes das informações, o mais importante é a disponibilidade para estar com a criança e possibilitar a troca afetiva, para uma relação profunda, verdadeira e amorosa.

C: Como conquistar o amor de uma criança que já passou por outra família ou pelo abrigo?
MV:
A confiança da criança de que não será abandonada ou machucada a novamente parece ser o ponto crucial para o processo de vinculação. Ela necessita de segurança e suporte para perceber que não está só no mundo. Essa segurança é passada através do amor incondicional, dos limites, do estímulo para que a criança expresse o que está sentindo e da ajuda para que ela compreenda as primeiras fases do processo de adaptação à nova família.

C: E a questão do passado da criança, como lidar com ela?
MV:
Como parte importante da vida da criança, que deve ser preservada enquanto história que todos temos. Não use o "passado" de abandono, de institucionalização do filho adotivo para justificar problemas no presente, mas como informações importantes que embasem melhores estratégias para mudar seu futuro.

C: Quais desafios os pais devem esperar quando o filho adotivo chega à adolescência?
MV:
A adolescência pode representar, sim, uma fase de turbulências, de questionamentos, de vir à tona vivências infantis e, junto com elas, as histórias que continuaram confusas, obscuras. No resgate da história do adolescente adotivo, existem as perdas das figuras familiares anteriores, a angústia ante o desconhecido que se perdeu lá atrás, a necessidade de falar sobre suas origens - "conhecer quem eu sou para saber para onde vou". Mas isso apenas se intensifica na adolescência. Minha experiência tem demonstrado que o pior inimigo do jovem em conflito na família é o silêncio, o não poder falar de algo que todos sabem mas fazem de conta que é segredo - os tabus familiares, e a adoção costumava se um desses tabus.

C: Onde a família pode encontrar grupos de apoio à adoção no Brasil? MV:
No portal da ANGAAD, Associação Nacional dos Grupos de apoio à adoção (www.angaad.org.br), encontram-se cadastrados 56 grupos de apoio à adoção espalhados pelo país, a maioria com páginas de conteúdo informativo, de notícias e eventos, ou com uma série de endereços para contatos com os membros dos grupos.

29.5.11

Como adotar uma criança?

  
 (Pintura de Norman Rockwell)

Este artigo, adaptado (com algumas modificações0 do site da revista Crescer , ajuda em muito os pretendentes à adoção.  Leitura muito recomendada!


Você quer adotar uma criança, mas não sabe por onde começar? Então, saiba que não está sozinho.

De acordo com a pesquisa
Percepção da População Brasileira sobre a Adoção, da Associação dos Magistrados Brasileiros, feita em 2008, a maior parte da população brasileira não sabe quais são os passos para a adoção. Os números espantam: cerca de 37% deles procurariam crianças e maternidades e 28% em abrigos. Apenas um terço recorreria ao local certo, as Varas da Infância e Juventude espalhadas pelo país.

Para ajudá-lo nessa tarefa, a Crescer listou os 10 passos principais que você deve seguir. Confira:


1.
Procure o Juizado da Infância e da Juventude mais próximo de sua casa para entrar no Cadastro Nacional de Adoção (se preferir, você pode contratar um advogado de Família de sua confiança, especializado em processos de adoção). Ligue antes para saber quais documentos levar – eles variam entre os juizados. Pessoas solteiras, divorciadas e judicialmente separadas também podem adotar, desde que sejam maiores de 18 anos (artigo 1618 do Código Civil) e pelo menos 16 anos mais velho que o adotado (art. 1.619) . A Justiça ainda não prevê adoção por casais homossexuais, mas é cada vez mais comum pais do mesmo sexo conseguirem registrar a criança no nome dos dois após decisões judiciais.

2.
No cadastro, indique o perfil da criança que deseja. Você pode escolher o sexo, a idade (no caso de crianças maiores de 3 anos, é chamada de adoção tardia), o tipo físico e as condições de saúde. Pense com calma e converse com outros pais para saber o que é bacana e o que não é em cada escolha.

3. Entregues os documentos
uma psicóloga do juizado agendará uma entrevista para conhecer seu estilo de vida, renda financeira e estado emocional. Ela também pode achar necessário que uma assistente social visite sua casa para avaliar se a moradia está em condições de receber uma criança. Teoricamente, o poder aquisitivo influencia, mas não é decisório.

4.
A partir das informações no seu cadastro e do laudo final da psicóloga, o juiz dará seu parecer. Isso pode demorar mais ou menos, dependendo do juizado. Com sua ficha aprovada, você ganhará o Certificado de Habilitação para Adotar, válido por dois anos em território nacional.

5.
Sua ficha pode não ser aprovada. O motivo pode ser desde a renda financeira até um estilo de vida incompatível com a criação de uma criança. Se isso acontecer, procure saber as razões. Você poderá fazer as mudanças necessárias ou até mesmo recorrer à Justiça e começar o processo novamente.

6.
Com o certificado, você entrará automaticamente na fila de adoção nacional e aguardará até aparecer uma criança com o perfil desejado. 

7.
A espera pela criança varia conforme o perfil escolhido. Meninas recém-nascidas, loiras, com olhos azuis e saúde perfeita – a maioria dos pedidos – podem demorar até cinco anos. A lei não proíbe, mas alguns juízes são contra a separação de irmãos e podem lhe dar a opção de adotar a família toda. E não esqueça: a adoção depende do consentimento dos pais ou dos representantes legais de quem se deseja adotar, além da concordância deste - se tiver mais de 12 anos. A exceção fica para o caso de criança ou adolescentes cujos pais sejam desconhecidos, falecidos ou tenham sido destituídos do poder familiar (o antigo pátrio poder).

8.
Você é chamado para conhecer uma criança. Se quiser, inicia-se o estágio de convivência. Quando o relacionamento corre bem, o responsável recebe a guarda provisória, que pode se estender por um ano. No caso dos menores de 2 anos, você terá a guarda definitiva. Crianças maiores passam antes por um estágio de convivência, uma espécie de adaptação, por tempo determinado pelo juiz e avaliado pela assistente social.

9.
Depois de dar a guarda definitiva, o juizado emitirá uma nova certidão de nascimento para a criança, já com o sobrenome da nova família. Você poderá trocar também o primeiro nome dela. As relações de parentesco se estabelecem não só entre o adotante e o adotado, como também entre aquele e os descendentes deste e entre o adotado e todos os parentes do adotante.

10.
E, por fim, lembre-se do mais importante: o vínculo de amor não depende da genética.

Fonte:
Luiz Octávio Rocha Miranda, advogado especializado em Direito de Família e membro do IBDFam (Instituto Brasileiro de Direito de Família)

25.5.11

Dia Nacional da Adoção




Hoje, 25 de maio, é dia Nacional da Adoção.

Ok, vc gosta da idéia, simpatiza com a causa, pensa em adotar, mas sabe de verdade o que é adotar?

Encontrei este texto na net, é de fácil leitura e tem bastante informações.

No dia 25 de maio é comemorado o dia da adoção, criado em 1996 no I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção.
A adoção é uma realidade social que se concretiza através de ato jurídico, que “cria entre duas pessoas vínculo de parentesco semelhante à paternidade e filiação”.
Muitas pessoas que não puderam ter filhos encontram filhos que não possuem pais, que foram abandonados e recolhidos por orfanatos e outras instituições. Mas existem outros casos, como de pessoas que querem ajudar, cumprir seu papel social diante de uma sociedade injusta, que não oferece as mesmas oportunidades de vida para todos.
O processo de adoção não é fácil. As pessoas interessadas nas crianças ou adolescentes devem apresentar uma documentação sobre suas condições de vida, para garantir que a pessoa adotada terá conforto e segurança, que irá ser bem tratada e receberá dos pais adotivos amor, carinho e atenção.
Porém, existem vários mitos sobre a adoção, que muitas vezes prejudicam que pessoas se interessem em criar e educar uma criança ou jovem que não tenha laços consanguíneos.
- Dizer que toda criança adotada é problema é um erro. A criança aprende aquilo que vivencia e quanto mais nova for adotada, mais terá chances de se adaptar ao modelo familiar em que vive.
- Tentar esconder da criança que a mesma é adotada também é um erro, pois é melhor manter uma relação aberta e livre de qualquer tipo de preconceito.
- Crianças com cor de pele diferente da família não são discriminadas ou recebem tratamento diferente de outras pessoas da família. Isso pode ocorrer nos meios sociais em que a família frequenta.
- Filhos adotivos não têm dificuldade em amar seus pais (adotivos), pelo contrário, revelam-se atenciosos e carinhosos com os mesmos, mas isso depende da forma como são tratados.
- Os filhos adotivos não ficam lembrando-se de sua família de origem. Pelo contrário do que se imagina, se as relações familiares não eram boas, se houve abandono, o vínculo afetivo não foi construído de forma positiva, portanto não provoca boas lembranças.
Hoje em dia temos visto uma série de artistas famosos mantendo a atitude de adotar crianças, tentando cumprir seu papel social, numa demonstração de afeto e de entrega às crianças carentes. A grande revelação é o casal Brad Pitt e Angelina Jolie que já está no terceiro filho adotivo, mesmo podendo ter seus filhos consanguíneos, que também somam três. A cantora Madonna também é um exemplo disso, nos últimos anos também manteve a atitude de adotar, mesmo tendo tido dois filhos próprios.
Com a constituição de 1988, ficou determinado que “os filhos adotivos terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designação de discriminação relativa à filiação”, ou seja, filhos adotivos e consanguíneos terão os mesmos direitos.
Para inserir a criança ou adolescente em família substituta é necessário passar por algumas etapas: a guarda, onde coloca-se o sujeito a ser adotado na família, onde os pais devem ter a responsabilidade de prestar assistência material, moral e educacional; a tutela, feita através das entidades públicas, a fim de proteger a criança ou jovem, cuidando de seus interesses, acompanhando todos os atos da família com o mesmo e vice-versa; a adoção, formalizada em ato jurídico, onde forma-se um vínculo fictício de filiação, que mais tarde deverá tornar-se verdadeiro.
Num pequeno trecho do livro “Você não está só”, de George Dolan, o amor que nasce entre a família e o adotado fica bem caracterizado, na fala de crianças que conversam sobre adoção, após terem visto numa fotografia, um menino com os cabelos de cor diferente. Uma delas diz que a criança diferente pode ter sido adotada e, quando questionada por outra sobre o que é isso, responde: “- quer dizer que você cresce no coração da mãe, em vez de crescer na barriga.”
Assim, podemos dizer que a adoção é um ato de entrega e de amor!
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Quer saber mais?
Pergunte o que gostaria de saber, se a gente souber, responde!!!

5.5.11

Porque ser Mamãe? (editado)

"Eu escolhi ser mãe! Fui atrás, busquei, lutei e amei.
Sempre tive mil dúvidas pairando na minha cabeça, desde as mais bobas, como o que comer em determinada refeição do dia, até as mais nobres e discutidas por sábios como De onde nós viemos? Deus existe? Existe vida após a morte? "Você pensa demais Dea!" Meu marido é taxativo...
Entretanto, de uma coisa nuca tive dúvida: Eu sempre quiz ser mãe! Eu não fui mãe por fluxograma ou obrigação, fui mãe por que sempre quiz isso para mim. Sou hoje a mãe feliz de 2 meninos, mas se não fosse pelo bolso, seria mãe de pelo menos 6 crianças e sei que as amaria da mesma forma, afinal amor não se divide, se multiplica.
Para mim resume-se assim: Primeiro sinto que sou mãe....depois bemmmmmm depois vem o restante dos meus sentimentos! rs
Bjs com td meu carinho em tds as mães." (Dea, mamãe do Henrique e do Guilherme)


"Eu quis ser mãe. Não aconteceu por acaso, foi uma escolha mais do que pensada.Muita gente diz que ter filhos é um ato egoísta, e é mesmo. Ter filhos faz mais bem para a gente do que para eles. Meus filhos me trouxeram a oportunidade de redescobrir o  mundo, de reaprende-lo com outros olhos. Me fizeram ver que existem outras necessidades e assim, ao me obrigarem a repensar minhas verdades, me tornaram um ser humano melhor. Muitos dizem que eles são garotos de sorte pq vieram para nossa família; mas nós é que somos imensamente afortunados pq eles estão conosco." (Adriana, mamãe do João e do Pedro)


"As pessoas associam a maternidade a mulheres, mas a verdade não é bem assim. Tem mulheres que nasceram para ser mães, outras não. Com o passar dos anos, acho que posso me incluir no primeiro caso. Adoro tudo da maternidade. Gosto de levar meu filho à escola, ao futebol, ao judô. Adoro almoçar, conversar, rir e assistir televisão com ele. Gosto de trazer seus amiguinhos para casa e vê-los brincando. Gosto de ir à reunião de pais, falar sobre ele e saber detalhes sobre seu desempenho. Amo colocá-lo para dormir, contar uma história e vê-lo pegar no sono tranqüilo. Falar 50 vezes a mesma coisa cansa, mas depois que vejo que consegui convencê-lo a escovar os dentes, guardar os brinquedos e cessar uma birra, fico muito feliz. O que eu não gosto da maternidade? Não sei, provavelmente quando o Giovanni fica doente, abatido e triste. Agora quando me perguntam por que ser mãe? Acho que porque queria viver tudo isso para ser verdadeiramente feliz ao lado de meu amado marido.   " (Salete, mamãe do Giovanni).

13.4.11

Bullying Social? Texto de Paulo Wanzeller - GAA Renascer - Belém do Pará

Há que se ter coerência na vida!
Uma das coisas mais difíceis é a construção de um novo conceito, seja social ou científico no sentido essencialmente pedagógico.
Modificar conceitos; criar novos padrões de comportamento; educar as pessoas dá trabalho, são lutas, movimentos sociais, batalhas silenciosas, até mesmo uma revolução ou tragédia pode modificar um conceito ou uma postura.
Os fenômenos sociais estão aí mesmo para provar isso, hoje percebemos que o que antes era apenas “tirar onda” “apelidar”, “xingar dando risada” ou mesmo um “zoar com o outro”, hoje, chamamos de bullying; um novo conceito se formou e veio à tona que humilhar o outro é uma forma cruel de agressão que precisa ser estudada, precisa ser esclarecida a ponto de ser realmente percebida ao menor sinal e precisa, principalmente, ser coibida.
Mas o que é efetivamente o bullying? Precisa ter ou atingir efetivamente pessoa certa e determinada?
Precisa ser concretizada a certa pessoa? ou a indução psicológica também é bullying?
E as ofensas indiretas, aquelas ditas de “soslaio” também se enquadram neste conceito?
Ressaltar esta ou aquela característica de uma pessoa de forma negativa generalizando a peculiaridade é bullying? É aí que está a sutileza do bullying indireto.
O Brasil perplexo desde ontem, um desequilibrado psicológica e emocionalmente, digno de misericórdia, é autor de uma das mais terríveis tragédias que o Brasil já teve notícia. E, ele, o autor, imaginem, não foi criado pela mãe biológica, diz a imprensa sensacionalista, ele era FILHO ADOTIVO! Ele FOI ADOTADO quando ainda era um bebê!
Quando é para falar de bullying, de humilhações entre adolescentes a imprensa vibra, rodas de jornalistas, assistentes sociais, psicólogos, pedagogos são formados para discutir sobre o episódio, até aí está tudo certo.
O que não se percebe e nem se dá conta é que generalizar, ressaltar a adoção de forma negativa, seja na imprensa, seja na mídia em geral, também é bullying, e pior, é uma forma de disseminar uma espécie de bullying social que sutilmente atinge muitas pessoas de forma generalizada, mas com a mesma crueldade que as situações concretamente postas nos exemplos atuais do bullying.
É incoerente a imprensa dizer que a sociedade brasileira nunca foi tão aberta à adoção; que crescem os números de pais no Cadastro Nacional de Adoção diariamente, reportagens sobre os “abrigos”, crianças à espera de pais, preconceitos de adotantes quanto às características do futuro filho, tudo se fala buscando divinizar a adoção, chego a ver as lágrimas nos olhos de repórteres quando falam de adoção, mas, se um filho por adoção, comete uma barbaridade; pronto! O que a imprensa diz? ELE É ADOTADO, demoniza-se o instituto, sem se importar que, milhares de brasileiros são filhos por adoção e que durante muito tempo serão olhados como “portadores de genes” iguais aos do algoz de Realengo.
Precisamos nos manifestar, precisamos mostrar que os filhos adotados são milhares e que não estão no abismo do desequilíbrio psicológico motivados pelo processo de filiação, se abrirmos os jornais hoje, amanhã ou depois de amanhã, constataremos que crimes bárbaros não são peculiares da filiação adotiva, e que ser filho adotivo não é a força propulsora da indignidade, do desequilíbrio psicológico.

Paulo Wanzeller

26.1.11

Tem feijões nascendo em cima do meu filtro



Amo blogs de decoraçao... fico horas vendo aquelas fotos de casa tão lindas, perfeitamente desarrumadas, aqueles livros tortos em cima da mesa de centro, ou aquela manta de sofá jogada estrategicamente de lado, compondo aquele ambiente perfeito.
Sofá branco, parede colorida, tá na moda os adesivos, copos e talheres... mesa arrumada pra almoço, pro café, pro jantar...

Na minha casa o sofá é laranja, com marquinhas de algum liquido derramado, descobri marcas de beijo de baton atrás da porta do armário do banheiro, batom de muuitas cores, e vez ou outra acho uma adesivo (figurinhas) colado aqui e acolá.

De repente, chego do trabalho e me deparo com um relógio dentro da fruteira, um brilho labial dentro da geladeira e feijões nascendo em cima do filtro da cozinha.... Depois de dias lutando com elas, as roupas limpas ainda permaneciam sem dobrar sobre a cama do quarto de hóspedes. Nunca encontro meus chinelos, mas tropeço em vários pares de mini sapatos pela casa. Sem contar os cadernos, revistas, robozinhos, rodinhas soltas, cartinhas e mais cartinhas, pedaços de quebra cabeça, no sofá, no quarto, na cozinha, em toda parte....

Os feijões são parte da experiência escolar da minha filha, que se empolgou tanto e plantou mais quatro.. e tá curtindo ver as plantinhas crescerem.

A mesa nunca está posta mas a gente sempre come junto, mas pra que ser sempre no mesmo lugar? Vamos juntos pra sala, pra varanda, pro chão.. onde der vontade, desde que juntos.

Percebi que minha casa nunca será a casa da revista milimetricamente planejada com aqueles quadros lindos desalinhados na parede, pq no lugar deles, tenho porta retratos que não combinam, um do desenho carros, ao lado de outros mais clássicos, com fotos de momentos lindos da minha vida... meu casamento, a chegada dos meus filhos, os aniversários, o natal e aquela viagem especial.

Antes da chegada dos meus filhos, havia uma certa organizaçao no meu lar doce lar, tipo, se uma caneca de café ficasse esquecida perto do computador, certamente permaneceria ali uns dias até o dono levar para a pia... Agora, você pode encontrar uma não, mas várias coisas espalhadas pela casa, mas elas mudam de lugar o tempo todo, aparecem coisas novas, de repente tudo adquiriu vida.

Enfim, acho que é exatamente essa a ecplicaçao... tudo ganhou vida!
Pois além dos brinquedos, livros, mochilas e roupas espalhadas pela casa, também existem risinhos, gritinhos, a palavra "mããe!" falada umas 957 vezes por dia, som de tv em desenho animado e muitos beijos soltos pelo ar.

Minha casa nunca será uma casa de revista de decoraçao, pois as fotos nunca vão expressar todo amor e toda vida que ela contem.

Ser feliz é simples assim!

Texto da mamãe Giselle Dutra